As forças israelenses realizaram uma operação noturna no hospital al-Shifa, localizado em Gaza. Tanques e tiros foram ouvidos no centro médico, de acordo com relatos. Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) explicou que estavam conduzindo uma operação de alta precisão em áreas específicas do hospital.
As FDI afirmam que os líderes do Hamas se reagruparam no hospital e estão usando-o como base para realizar ataques. Testemunhas relataram um clima de pânico dentro das instalações. Uma pessoa no local ligou para seu irmão via WhatsApp, informando sobre a presença de tanques cercando o local e tiros sendo ouvidos nas proximidades.
Vídeos não verificados nas redes sociais mostram a situação perto do hospital, conforme reportado pela BBC. Muhammad Al-Sayyid, presente no local, enviou uma mensagem de voz aos repórteres descrevendo a situação como catastrófica, com soldados mortos e feridos no complexo.
As FDI agiram sem aviso prévio em al-Shifa, justificando a ação rápida devido a informações recebidas. O porta-voz chefe das FDI declarou que o hospital poderia continuar operando normalmente durante a operação, com pacientes e funcionários podendo permanecer no local.
Pessoas em busca de abrigo no complexo foram orientadas sobre uma rota de evacuação segura. O departamento de saúde do Hamas em Gaza condenou a operação como uma violação flagrante do direito humanitário internacional, especialmente considerando que o hospital abriga centenas de palestinos deslocados.
Antes do conflito, o hospital al-Shifa era reconhecido como o principal centro de saúde em Gaza. Segundo o Direito Internacional Humanitário, hospitais são protegidos durante conflitos armados, porém perdem essa proteção se forem utilizados para atividades prejudiciais ao inimigo.
Israel acusou o Hamas de usar centros de saúde como cobertura para suas operações, alegações que o grupo nega. A IDF encontrou uma rede de túneis sob o hospital al-Shifa em uma operação anterior e relatou ter encontrado armas no local. Além disso, as tropas israelenses realizaram uma operação no Hospital Nasser, a segunda maior instalação médica em Gaza, em fevereiro.
Relatos de médicos sendo capturados, vendados e agredidos durante a operação no Hospital Nasser levaram autoridades internacionais a pedir explicações de Israel. A situação nos hospitais em Gaza continua sendo motivo de preocupação diante do contexto de conflito na região.
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