Um professor da Universidade de Teerão revelou em uma entrevista que o Irã apoia os protestos nos campi universitários dos EUA, afirmando que esses estudantes seriam seus apoiadores em caso de conflito entre os dois países.
O professor Foad Izadi, que possui mestrado pela Universidade de Houston, foi visto em um vídeo divulgado nas redes sociais e traduzido por MEMRI.org, discutindo os protestos nos EUA. Ele destacou a importância dessas manifestações para diminuir o apoio dos EUA a Israel.
Izadi, falando em nome da República Islâmica, destacou que a resistência palestina deve muito ao Irã, embora reconheça que o envolvimento operacional do estado iraniano ainda pode ser aprimorado. Ele enfatizou que, em caso de conflito, os estudantes americanos seriam os que apoiariam o Irã.
O professor também abordou a presença de grupos similares ao Hezbollah nos EUA, destacando que o país é visto como o grande inimigo pelo Irã. Lisa Daftari, especialista iraniana, comentou sobre os elogios de Izadi aos estudantes americanos, ressaltando a ironia diante das violações de direitos humanos cometidas pelo regime iraniano.
Daftari também destacou o apoio do Irã a representantes do terrorismo na região e sua influência nas universidades americanas, enquanto o povo iraniano sofre sob o governo considerado “bárbaro” por ela.
Após analisar os comentários de Izadi, Daftari levantou a questão se o foco do Irã seria em ataques físicos ou na guerra de informação contra o Ocidente. A especialista destacou a manipulação desses protestos pró-Hamas como uma estratégia do regime iraniano para aumentar sua influência e possíveis ataques.
De acordo com os especialistas, a postura do Irã em relação aos protestos nos EUA reflete uma busca por influência e apoio internacional, mesmo diante das críticas pela violação dos direitos humanos e apoio ao terrorismo. A análise sugere um interesse estratégico em explorar essas manifestações estudantis para atingir seus objetivos geopolíticos.
Em resumo, a relação entre o Irã e os protestos nos EUA revela uma complexa dinâmica geopolítica, onde os estudantes americanos são vistos como potenciais aliados em um possível conflito com os EUA, servindo aos interesses do regime iraniano. Esse cenário levanta questões sobre a influência do país no cenário internacional e sua estratégia para promover seus objetivos em nível global.
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