Antes das próximas eleições europeias, o presidente francês Emmanuel Macron denunciou os nacionalistas europeus, rotulando-os de “apoiadores ocultos do Brexit” e “ladrões de bancos”.
As suas observações surgem num momento em que as sondagens sugerem um aumento no apoio aos partidos eurocéticos, levantando preocupações sobre a direção futura da União Europeia.
As duras críticas de Macron visam galvanizar os eleitores pró-europeus e impedir que as forças nacionalistas ganhem terreno nas próximas eleições.
À medida que o futuro da UE está em jogo, os eleitores são deixados a ponderar a questão: serão todos os nacionalistas da UE “apoiadores ocultos do Brexit”?
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Os comentários contundentes de Macron sublinham os grandes riscos das eleições de 9 de Junho, onde se espera que os nacionalistas eurocépticos que se opõem à crescente influência de Bruxelas obtenham ganhos significativos à custa dos partidos pró-europeus.
Com a Reunião Nacional de extrema-direita francesa, liderada por Marine Le Pen, a ganhar impulso, a retórica de Macron visa reunir os seus apoiantes e alertar os eleitores sobre os riscos representados pelos movimentos nacionalistas.
“Eu digo aos europeus: Acordem. Acordem! Eles são defensores ocultos do Brex”, disse Macron ao Economist, enfatizando a sua crença de que todos os nacionalistas europeus partilham um fio comum de oposição aos valores e objetivos da UE.
“Todos os nacionalistas europeus são defensores ocultos do Brexit. São todas as mesmas mentiras”, acrescentou.
Continuando o seu ataque, Macron alertou que dar poder aos partidos nacionalistas seria o mesmo que confiar “o banco a ladrões”. Acusou ainda Le Pen de hipocrisia, sugerindo que, embora colha os benefícios da adesão à UE, também procura miná-la.
Os dados das sondagens de França destacam a mudança no cenário político, com o Rally Nacional de Le Pen, parte do bloco Identidade e Democracia, a registar 32 por cento, uma vantagem significativa sobre o grupo liberal Renovar a Europa de Macron, que se situa nos 18 por cento.
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