A ex-primeira-ministra, Liz Truss, fez um apelo ao seu sucessor, Rishi Sunak, para abandonar as metas de zero emissões líquidas a fim de vencer as eleições gerais de 2024. Em uma entrevista para o Telegraph, Truss afirmou que é necessário que o primeiro-ministro do Reino Unido altere seu rumo em questões como a transição para uma economia verde, imigração e leis de direitos humanos, para que as políticas conservadoras que “o público realmente deseja” possam ser implementadas.
“Precisamos mudar a forma como somos governados. E a afirmação em meu livro é que, se não fizermos isso, não seremos capazes de implementar as políticas conservadoras que o público realmente deseja, como controlar a imigração e conseguir se livrar dos impactos do zero líquido”, declarou Liz Truss.
Sunak, por sua vez, mantém o compromisso de alcançar zero emissões líquidas de carbono até 2050 e adotou uma abordagem mais pragmática do que seus antecessores, Boris Johnson e Theresa May.
A passagem de Liz Truss em Downing Street durou apenas 49 dias e terminou de forma humilhante após o colapso de seu chamado “mini-orçamento”, mas ela negou que o evento fiscal tenha sido responsável pela queda nas pesquisas de opinião dos Conservadores naquele outono.
Truss também abordou outras políticas cruciais, continuando a expressar seu apoio à limitação da migração líquida em cerca de 100.000. Em entrevista ao Telegraph, ela acrescentou: “Sou a favor de que a imigração fique em torno desse nível. Também sou a favor de que haja mais participação pública para determinar nossos níveis de imigração. Acredito que isso deveria ser debatido no Parlamento. Deveria haver uma discussão anual sobre o assunto.”
Mesmo que Rishi Sunak perca as eleições gerais, Liz Truss descartou concorrer novamente à liderança do país. Ela afirmou: “Não estou. Não estou planejando fazer isso, não”.
No decorrer desta semana, o Ministro do Interior celebrou uma redução de 10% no saldo migratório, de um recorde de 764 mil para 685 mil no ano até dezembro, e especialistas preveem que essa tendência deve continuar “possivelmente de forma bastante acentuada no próximo ano”.
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