FOTO ARQUIVO: Pessoas aguardam fila para receber ajuda alimentar distribuída pela Central Única das Favelas (CUFA), organização não governamental brasileira, em meio ao surto de coronavírus (COVID-19) na favela de Brasília, em São Paulo, Brasil 13 de maio de 2021 . REUTERS / Carla Carniel
18 de outubro de 2021
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) – O governo brasileiro está considerando combinar pagamentos de alívio à pandemia e programas de bem-estar “Bolsa Família” em um estipêndio mensal de R $ 300 (US $ 54,42) no próximo ano, de acordo com um funcionário do Ministério da Economia com conhecimento direto do assunto.
O governo está avaliando essa opção devido à resistência das restrições orçamentárias do Congresso à sua proposta de reforma tributária, disse a fonte na segunda-feira, solicitando anonimato para discutir debates políticos confidenciais.
Manter o alívio da pandemia que está prestes a expirar é crucial para o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, enquanto ele analisa suas chances de reeleição decrescentes em 2022 devido à queda na popularidade de sua transferência do COVID-19, enquanto uma situação fiscal restrita restringe sua capacidade de gasta.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, havia bancado um projeto de lei sobre dívidas do governo federal que ordenou o adiamento de desembolsos, o que lhe teria permitido financiar um novo estipêndio denominado Auxilio Brasil sem ultrapassar o teto de gastos.
Ele também insistiu na necessidade de aprovar a reforma tributária, que prevê a tributação de dividendos pela primeira vez no Brasil. Mas, embora tenha sido aprovado na Câmara dos Deputados, o Senado nem sequer discutiu o projeto de lei tributária.
Na manhã de segunda-feira, Bolsonaro disse “se Deus quiser” que seu governo deve resolver o problema esta semana e decidir os detalhes da prorrogação do estipêndio de ajuda emergencial.
A ajuda emergencial atual paga entre 150 e 375 reais por mês para beneficiários do Bolsa Família e outros brasileiros vulneráveis, mas a última parcela será neste mês.
A extensão da bolsa é considerada vital para ajudar as pessoas que ficaram desprotegidas pela pandemia do coronavírus e perderam o poder de compra devido ao aumento da inflação. Também é visto como uma ferramenta para aumentar a popularidade de Bolsonaro em um ano eleitoral.
O socorro emergencial visa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, número maior do que aqueles que se enquadram no Bolsa Família, que atende 14 milhões de famílias.
($1 = 5.5123 reais)
(Reportagem de Marcela Ayres; escrita de Anthony Boadle; edição de Brad Haynes e Richard Pullin)
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FOTO ARQUIVO: Pessoas aguardam fila para receber ajuda alimentar distribuída pela Central Única das Favelas (CUFA), organização não governamental brasileira, em meio ao surto de coronavírus (COVID-19) na favela de Brasília, em São Paulo, Brasil 13 de maio de 2021 . REUTERS / Carla Carniel
18 de outubro de 2021
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) – O governo brasileiro está considerando combinar pagamentos de alívio à pandemia e programas de bem-estar “Bolsa Família” em um estipêndio mensal de R $ 300 (US $ 54,42) no próximo ano, de acordo com um funcionário do Ministério da Economia com conhecimento direto do assunto.
O governo está avaliando essa opção devido à resistência das restrições orçamentárias do Congresso à sua proposta de reforma tributária, disse a fonte na segunda-feira, solicitando anonimato para discutir debates políticos confidenciais.
Manter o alívio da pandemia que está prestes a expirar é crucial para o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, enquanto ele analisa suas chances de reeleição decrescentes em 2022 devido à queda na popularidade de sua transferência do COVID-19, enquanto uma situação fiscal restrita restringe sua capacidade de gasta.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, havia bancado um projeto de lei sobre dívidas do governo federal que ordenou o adiamento de desembolsos, o que lhe teria permitido financiar um novo estipêndio denominado Auxilio Brasil sem ultrapassar o teto de gastos.
Ele também insistiu na necessidade de aprovar a reforma tributária, que prevê a tributação de dividendos pela primeira vez no Brasil. Mas, embora tenha sido aprovado na Câmara dos Deputados, o Senado nem sequer discutiu o projeto de lei tributária.
Na manhã de segunda-feira, Bolsonaro disse “se Deus quiser” que seu governo deve resolver o problema esta semana e decidir os detalhes da prorrogação do estipêndio de ajuda emergencial.
A ajuda emergencial atual paga entre 150 e 375 reais por mês para beneficiários do Bolsa Família e outros brasileiros vulneráveis, mas a última parcela será neste mês.
A extensão da bolsa é considerada vital para ajudar as pessoas que ficaram desprotegidas pela pandemia do coronavírus e perderam o poder de compra devido ao aumento da inflação. Também é visto como uma ferramenta para aumentar a popularidade de Bolsonaro em um ano eleitoral.
O socorro emergencial visa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, número maior do que aqueles que se enquadram no Bolsa Família, que atende 14 milhões de famílias.
($1 = 5.5123 reais)
(Reportagem de Marcela Ayres; escrita de Anthony Boadle; edição de Brad Haynes e Richard Pullin)
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