A partir do dia 29 de novembro a população terá mais uma opção para sacar dinheiro além do caixa eletrônico e agência bancária. Essa possibilidade estará disponível por meio do Pix, em estabelecimentos comerciais como lojas, padarias e supermercados.
O Pix Saque e o Pix Troco são novos produtos da Agenda Evolutiva do Pix, definida pelo Banco Central.
Para fazer o saque pela ferramenta, basta que o cliente envie um Pix para o estabelecimento, em dinâmica similar a de um Pix normal, mas nesse caso, a loja vai repassar o valor integral do Pix em dinheiro para o cliente.
No Pix Troco, a dinâmica é parecida. O cliente faz uma compra, paga com Pix, mas num valor superior ao das mercadorias ou serviços. O estabelecimento devolve em dinheiro o valor excedido.
Basicamente, tanto o Pix Saque quanto o Pix Troco vão permitir que as pessoas saquem dinheiro usando o Pix em estabelecimentos cadastrados para isso.
Veja, abaixo, como isso vai funcionar na prática:
• Pix Serve: o cliente faz um Pix para o estabelecimento e recebe este mesmo valor em dinheiro físico. Por exemplo: faz um Pix de R$ 200 e recebe R$ 200 em notas.
• Pix Troco: nesse caso, o dinheiro físico recebido é a diferença entre o valor da compra e o valor pago ao estabelecimento com Pix. Por exemplo: a pessoa compra um produto de R$ 100, faz um Pix de R$ 150 e recebe R$ 50 de volta em espécie.
• Vai ter limite para transações do Pix Saque e do Pix Troco?
Sim! O limite das transações do Pix Saque e do Pix Troco será de R$ 500 durante o dia e de R$ 100 durante a noite (entre 20h e 6h). Mas os estabelecimentos que oferecerem essas funcionalidades poderão definir limites menores, caso prefiram.
• Esses serviços serão cobrados?
Pessoas físicas e MEIs terão oito saques gratuitos por mês do Pix Saque ou do Pix Troco. Já os estabelecimentos que oferecerem esse serviço receberão uma tarifa por transação, que pode variar de R$ 0,25 a R$ 0,95.
Na prática, ambos vão funcionar como um pagamento normal do Pix para o usuário final: a pessoa fará a leitura de um QR Code, autorizará o pagamento e receberá o dinheiro em espécie.
Para usar essas modalidades, será necessário apenas ter conta em um banco ou instituição financeira que ofereça Pix.
“O benefício mais palpável é para o cidadão. O cidadão tem uma alternativa a mais para ele fazer o serviço de saque. Por mais que você digitalize, os pagamentos de operações vão ser feitos através de numerário [em dinheiro], isso acontece nas economias mais digitalizadas. E você dá o conforto e a conveniência para o cidadão ter ali perto da sua residência, do seu trabalho, no seu percurso da casa para o trabalho, no local onde ele faz as compra do dia a dia, um local onde ele pode fazer o saque”, explicou o chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Ângelo Duarte.
Para oferecer os novos serviços, o estabelecimento comercial ou instituição financeira precisa estar credenciado ao Pix.
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