Última atualização: 12 de fevereiro de 2024, 17h22 IST
Washah, de Buriej, no centro de Gaza, tem aparecido nas transmissões da Al Jazeera nos últimos meses, com a estação de propriedade do Catar chamando-o de um de seus jornalistas. (Imagem: IDF)
Militares israelenses encontram evidências que ligam jornalista palestino da Al Jazeera ao papel militar na organização palestina. Surge controvérsia sobre o alegado duplo papel do jornalista
Um jornalista palestino, que trabalha para a Al Jazeera com sede em Doha, supostamente ocupa o cargo de comandante no braço militar do Hamas, de acordo com imagens e documentos recuperados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) na Faixa de Gaza.
O tenente-coronel Avichay Adraee, porta-voz das FDI em língua árabe, disse no domingo que há várias semanas, as tropas encontraram um laptop em uma base do Hamas no norte de Gaza, que pertence a um homem chamado Mohamed Washah.
Um laptop que pertenceu a Muhammad Washah, um @Al Jazeera jornalista, foi recuperado pelas IDF no norte da Faixa de Gaza. Tem fotos provando que ele também atua como agente militar sênior do Hamas na matriz de mísseis antitanque e no final de 2022 ele passou a trabalhar em pesquisa e desenvolvimento de armas aéreas… https://t.co/U2q1mqOWXz– Avichay Adraee (@AvichaiAdraee)
11 de fevereiro de 2024
Washah, de Buriej, no centro de Gaza, apareceu nas transmissões da Al Jazeera nos últimos meses, com a estação de propriedade do Catar chamando-o de um de seus jornalistas, Os Tempos de Israel relatado. O porta-voz das FDI disse que as evidências recuperadas do laptop revelam que Washah também é um “comandante proeminente” na unidade de mísseis antitanque do Hamas e, no final de 2022, começou a trabalhar em pesquisa e desenvolvimento para a unidade aérea do grupo terrorista.
“Um laptop que pertencia a Muhammad Washah, jornalista da @AlJazeera, foi recuperado pelas IDF no norte da Faixa de Gaza. Tem fotos que comprovam que ele também atua como agente militar sênior do Hamas na matriz de mísseis antitanque e, no final de 2022, passou a trabalhar em pesquisa e desenvolvimento de armas aéreas para a organização. A análise de inteligência realizada no computador inclui fotos que ligam o sujeito à sua atividade no Hamas”, escreveu o porta-voz na plataforma de mídia social X.
No mês passado, dois jornalistas do canal Oatari mortos num ataque aéreo israelita em Rafah foram posteriormente acusados pelos militares israelitas de serem membros do Hamas e dos grupos terroristas da Jihad Islâmica Palestiniana. Numa declaração anterior, a Al Jazeera disse que responsabilizava “Israel por perseguir e matar sistematicamente jornalistas da Al Jazeera e suas famílias”.
A guerra começou depois que o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza, em 7 de outubro, que as autoridades israelenses dizem ter matado cerca de 1.200 pessoas. Prometendo destruir o Hamas e trazer para Gaza os reféns raptados por militantes, Israel lançou uma ofensiva massiva que deixou grande parte do território sitiado em ruínas. As autoridades de saúde em Gaza afirmam que a guerra matou mais de 28 mil pessoas.
(Com contribuições da agência)
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