“Ela saiu de dentro do sofá e saltou em cima da minha mão. Era praticamente do tamanho da minha mão”, disse a mulher.
O filho da mulher hospitalizada após ser picada por uma aranha no bairro da Federação, em Salvador, foi internado no Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana, após apresentar uma lesão semelhante à da mãe, Ana Beatriz Santos.
Jordan Miguel, de três anos, vai permanecer na unidade por pelo menos quatro dias. Ele sentia febre quando foi levado ao hospital e não apresenta situação tão grave quanto a da mãe. Resultado de exames devem confirmar a picada no garoto.
Ana Beatriz continua internada e disse, nesta quarta-feira (5), que apresentou melhora no quadro e aguarda para receber alta hospitalar.
“Já não estou sentindo mais febre, graças a Deus. Com fé em Deus, o mais rápido possível eu vou embora”, comentou.
A avó de Ana Beatriz, Maria José, também já foi atingida por uma aranha e ficou quase um ano em tratamento médico para evitar que a situação se agravasse. Após os acidentes, a família contratou uma empresa para dedetizar o imóvel.
“Contratamos uma empresa particular para limpar a casa e botar remédio pelos cantos. Juntamos eu, minha mãe, meu pai – que nem mora aqui, mas vai ajudar – para evitar as aranhas. Foi muito caro”, disse Vitória Regina, prima de Ana Beatriz.
Na manhã desta quarta-feira, agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Salvador distribuíram panfletos com explicações sobre as aranhas mais presentes nas áreas urbanas, sintomas de picada do inseto e detalhes sobre prevenção de acidentes com o animal.
CCZ nega surto
A bióloga do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Salvador, Ana Virgínia Rocha, informou que esteve no imóvel onde mora a família e disse que a área é comprometedora. A especialista disse que o terreno com restos de material de construção propicia o aparecimento de animais peçonhentos e descartou a existência de surto no bairro da Federação.
“A gente está avaliando a situação e hoje a equipe vai retornar para lá. Vamos continuar ampliando o leque, a varredura, mas é um caso isolado. Deve ter sido com a chuva, que desalojou elas [as aranhas], e criou um ambiente propício. Não é um surto, mas um caso isolado”, disse.
Ana Virgínia destacou que não foi possível identificar a espécie da aranha que picou Ana Beatriz e o pequeno Jordan Miguel e que o exame é feito nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Sendo identificada o animal, o direcionamento dos profissionais de saúde se torna mais objetivo no tratamento.
Moradores do Centro de Salvador também dizem conviver com aranhas dentro de casa. A funcionária pública pública Sandy Reis disse que limpa o imóvel com frequência e a família vive em alerta por causa do risco de acidentes com o animal. Recentemente, por pouco ela não foi picada por uma aranha.
“Ela saiu de dentro do sofá e saltou em cima da minha mão. Era praticamente do tamanho da minha mão, cobriu minha mão inteira”, disse a mulher.
Como informou a bióloga Ana Virgínia, os insetos são comuns em áreas onde há entulho e construções abandonadas. Próximo à casa de Sandy, no Pelourinho, existes um prédio desabitado, uma potencial morada de aranhas, que podem invadir casas vizinhas.
“Sempre atenta a tudo, aos menores detalhes da casa. Nas instâncias legais, eu procurei o órgão, quem forneceu este imóvel. E procurei os órgãos [responsáveis] para informar”, disse Sandy.
Mãe internada após picada
Ana Beatriz Santos deu entrada no Hospital Teresa de Lisieux, em Salvador, após ter sido picada por uma aranha na madrugada de sábado (1º), no bairro da Federação, e moradores relatam casos semelhantes há pelo menos três meses na região.
Ela foi hospitalizada com dores no corpo, febre alta e inflamação abdominal provocada após o acidente. Ela comentou que foi picada na perna e, desde então, também não conseguia andar por causa da picada. | Com informações do R7
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