FOTO DE ARQUIVO: Os arranha-céus do Centro Internacional de Negócios de Moscou, também conhecido como “Moskva-City”, são vistos logo após o pôr do sol em Moscou, Rússia, em 12 de julho de 2018. Foto tirada em 12 de julho de 2018. REUTERS/Christian Hartmann
6 de março de 2022
(Reuters) – As ações corporativas para censurar a Rússia após a invasão da Ucrânia variam muito e incluem algumas medidas exigidas por lei e algumas voluntárias, com comentários que variam de duras condenações a promessas mais comedidas de revisar os negócios no país.
Veja algumas ações de grandes empresas multinacionais:
SAINDO DA RÚSSIA
Duas das quatro grandes empresas de contabilidade KPMG e PricewaterhouseCoopers LLP (PwC) disseram no domingo que não terão mais uma firma-membro na Rússia devido à invasão da Ucrânia pelo país.
As empresas de energia lideradas pela BP, Shell e Exxon Mobil prometem vender participações na Rússia e sair do país. A petrolífera austríaca OMV deve se retirar da Rússia, dizendo que sofreria um impacto previsto de 1,5 a 1,8 bilhão de euros, enquanto busca se distanciar do país.
Entre muitos outros, a Accenture, com 2.300 funcionários na Rússia, disse que interromperia os negócios e o Grupo Mercedes-Benz disse que planeja desmembrar sua participação na Kamaz da Rússia.
SERVIÇOS PARADOS
O TikTok, o aplicativo de vídeo de propriedade chinesa, disse no domingo que suspenderia a transmissão ao vivo e o upload de vídeos para sua plataforma na Rússia, enquanto analisa as implicações de uma nova lei de mídia assinada na sexta-feira pelo presidente Vladimir Putin.
A Netflix suspendeu seu serviço na Rússia, disse um porta-voz da empresa no domingo.
A American Express Co disse no domingo que estava suspendendo todas as operações na Rússia e na Bielorrússia.
O grupo de alimentos francês Danone disse em um comunicado em seu site que estava suspendendo os investimentos na Rússia e que uma de suas duas fábricas havia fechado na Ucrânia, após a invasão russa da Ucrânia.
A Boeing cortou as vendas e o suporte para aeronaves, dizendo que era e seguiria as sanções dos EUA. As regras de exportação de Washington foram alteradas para reprimir particularmente a tecnologia que poderia ser usada pelos militares, afetando uma ampla faixa da indústria, como a fabricante de PCs Dell Technologies, que interrompeu as vendas para a Rússia. A Rússia baniu as companhias aéreas ocidentais do espaço russo.
As empresas de pagamentos norte-americanas Visa Inc e Mastercard Inc disseram que estavam suspendendo as operações na Rússia devido à invasão da Ucrânia e que trabalhariam com clientes e parceiros para encerrar todas as transações lá.
A United Parcel Service Inc e a FedEx Corp, duas das maiores empresas de logística do mundo, interromperam o serviço de entrega para a Rússia e a Ucrânia.
O provedor de software de reservas de viagens Sabre Corp disse que rescindiu seu contrato de distribuição com a Aeroflot, prejudicando a capacidade da transportadora de bandeira russa de vender passagens.
LOJAS FECHADAS E ABERTAS
A varejista de roupas H&M, empresas automobilísticas como GM e BMW, bem como a fabricante de bebidas Diageo e a fabricante de motocicletas Harley Davidson, estão entre as empresas globais que não estão vendendo. A maioria não está exportando mercadorias para a Rússia, o que seria difícil, dadas as decisões das companhias de navegação de abandonar o serviço russo. A Nike e a IKEA, uma varejista sueca de móveis com uma rede na Rússia, estão fechando temporariamente suas lojas.
A varejista de moda espanhola Inditex, proprietária da marca Zara, também disse que interrompeu as negociações na Rússia, fechando suas 502 lojas e interrompendo as vendas online. O grupo de luxo Prada, com sede em Milão, suspendeu suas operações de varejo na Rússia.
Por outro lado, os donos de restaurantes Burger King e Papa John’s destacaram que os restaurantes que arvoram suas bandeiras na Rússia eram de propriedade de empresas locais. “Não temos planos de pedir ao franqueado independente que possui e opera as lojas Papa Johns na Rússia para fechar suas lojas”, disse o pizzaiolo.
PRODUÇÃO PARADA E EXPORTAÇÕES PARADAS
A Toyota Motor Corp e a Nissan Motor Co interromperam as exportações para a Rússia, citando problemas de logística, com a Toyota interrompendo a produção local.
Nissan, Mazda Motor Corp e Mitsubishi Motors Corp provavelmente interromperão a produção local quando os estoques de peças acabarem, dizem eles.
A Ford descontinuou as operações, mas seu parceiro de joint venture ainda tem uma fábrica no país. Muitas outras montadoras, incluindo a francesa Renault e a japonesa Toyota Motor Corp, descreveram o fechamento da fabricação local, algumas notando a falta de suprimentos.
PALAVRAS DURAS
Muitas grandes marcas globais estão usando uma linguagem corporativa raramente ouvida que claramente culpa a Rússia por atacar a Ucrânia. A Apple e a Ford usaram uma linguagem muito semelhante para descrever a profunda preocupação com a invasão da Rússia. A presidente-executiva da Occidental Petroleum, Vicki Hollub, classificou a invasão como “insana e desumana” em comentários feitos um dia após a invasão.
AÇÕES DE CHOQUE
A decisão da petroleira BP de vender a Rússia a um custo de até US$ 25 bilhões foi um choque para uma indústria que tem trabalhado muito de perto com a Rússia. As condenações da Apple e da Disney eram incomuns.
À MARGEM
Empresas japonesas, incluindo Mitsui & Co, Mitsubishi Corp, Itochu Corp e Marubeni Corp, com participações em terminais de exportação de gás natural liquefeito na Rússia, estão sob crescente pressão sobre seus laços com a Rússia e estão lutando para avaliar suas operações, dizem fontes da empresa e do governo.
Muitos traders de commodities, como a Cargill, não estão dizendo muito. Grandes marcas de consumo incluem Nestlé, Procter & Gamble, Pepsi e a fabricante de biscoitos Oreo Mondelez ainda não comentaram o status de suas operações na Rússia.
A McDonald’s Corp, que tem 847 restaurantes na Rússia, 84% dos quais são de propriedade da empresa, não comentou suas operações.
(Reportagem de Peter Henderson, Anna Driver e Scott DiSavino; Edição de Sam Holmes, David Holmes, Jane Merriman e Diane Craft)
FOTO DE ARQUIVO: Os arranha-céus do Centro Internacional de Negócios de Moscou, também conhecido como “Moskva-City”, são vistos logo após o pôr do sol em Moscou, Rússia, em 12 de julho de 2018. Foto tirada em 12 de julho de 2018. REUTERS/Christian Hartmann
6 de março de 2022
(Reuters) – As ações corporativas para censurar a Rússia após a invasão da Ucrânia variam muito e incluem algumas medidas exigidas por lei e algumas voluntárias, com comentários que variam de duras condenações a promessas mais comedidas de revisar os negócios no país.
Veja algumas ações de grandes empresas multinacionais:
SAINDO DA RÚSSIA
Duas das quatro grandes empresas de contabilidade KPMG e PricewaterhouseCoopers LLP (PwC) disseram no domingo que não terão mais uma firma-membro na Rússia devido à invasão da Ucrânia pelo país.
As empresas de energia lideradas pela BP, Shell e Exxon Mobil prometem vender participações na Rússia e sair do país. A petrolífera austríaca OMV deve se retirar da Rússia, dizendo que sofreria um impacto previsto de 1,5 a 1,8 bilhão de euros, enquanto busca se distanciar do país.
Entre muitos outros, a Accenture, com 2.300 funcionários na Rússia, disse que interromperia os negócios e o Grupo Mercedes-Benz disse que planeja desmembrar sua participação na Kamaz da Rússia.
SERVIÇOS PARADOS
O TikTok, o aplicativo de vídeo de propriedade chinesa, disse no domingo que suspenderia a transmissão ao vivo e o upload de vídeos para sua plataforma na Rússia, enquanto analisa as implicações de uma nova lei de mídia assinada na sexta-feira pelo presidente Vladimir Putin.
A Netflix suspendeu seu serviço na Rússia, disse um porta-voz da empresa no domingo.
A American Express Co disse no domingo que estava suspendendo todas as operações na Rússia e na Bielorrússia.
O grupo de alimentos francês Danone disse em um comunicado em seu site que estava suspendendo os investimentos na Rússia e que uma de suas duas fábricas havia fechado na Ucrânia, após a invasão russa da Ucrânia.
A Boeing cortou as vendas e o suporte para aeronaves, dizendo que era e seguiria as sanções dos EUA. As regras de exportação de Washington foram alteradas para reprimir particularmente a tecnologia que poderia ser usada pelos militares, afetando uma ampla faixa da indústria, como a fabricante de PCs Dell Technologies, que interrompeu as vendas para a Rússia. A Rússia baniu as companhias aéreas ocidentais do espaço russo.
As empresas de pagamentos norte-americanas Visa Inc e Mastercard Inc disseram que estavam suspendendo as operações na Rússia devido à invasão da Ucrânia e que trabalhariam com clientes e parceiros para encerrar todas as transações lá.
A United Parcel Service Inc e a FedEx Corp, duas das maiores empresas de logística do mundo, interromperam o serviço de entrega para a Rússia e a Ucrânia.
O provedor de software de reservas de viagens Sabre Corp disse que rescindiu seu contrato de distribuição com a Aeroflot, prejudicando a capacidade da transportadora de bandeira russa de vender passagens.
LOJAS FECHADAS E ABERTAS
A varejista de roupas H&M, empresas automobilísticas como GM e BMW, bem como a fabricante de bebidas Diageo e a fabricante de motocicletas Harley Davidson, estão entre as empresas globais que não estão vendendo. A maioria não está exportando mercadorias para a Rússia, o que seria difícil, dadas as decisões das companhias de navegação de abandonar o serviço russo. A Nike e a IKEA, uma varejista sueca de móveis com uma rede na Rússia, estão fechando temporariamente suas lojas.
A varejista de moda espanhola Inditex, proprietária da marca Zara, também disse que interrompeu as negociações na Rússia, fechando suas 502 lojas e interrompendo as vendas online. O grupo de luxo Prada, com sede em Milão, suspendeu suas operações de varejo na Rússia.
Por outro lado, os donos de restaurantes Burger King e Papa John’s destacaram que os restaurantes que arvoram suas bandeiras na Rússia eram de propriedade de empresas locais. “Não temos planos de pedir ao franqueado independente que possui e opera as lojas Papa Johns na Rússia para fechar suas lojas”, disse o pizzaiolo.
PRODUÇÃO PARADA E EXPORTAÇÕES PARADAS
A Toyota Motor Corp e a Nissan Motor Co interromperam as exportações para a Rússia, citando problemas de logística, com a Toyota interrompendo a produção local.
Nissan, Mazda Motor Corp e Mitsubishi Motors Corp provavelmente interromperão a produção local quando os estoques de peças acabarem, dizem eles.
A Ford descontinuou as operações, mas seu parceiro de joint venture ainda tem uma fábrica no país. Muitas outras montadoras, incluindo a francesa Renault e a japonesa Toyota Motor Corp, descreveram o fechamento da fabricação local, algumas notando a falta de suprimentos.
PALAVRAS DURAS
Muitas grandes marcas globais estão usando uma linguagem corporativa raramente ouvida que claramente culpa a Rússia por atacar a Ucrânia. A Apple e a Ford usaram uma linguagem muito semelhante para descrever a profunda preocupação com a invasão da Rússia. A presidente-executiva da Occidental Petroleum, Vicki Hollub, classificou a invasão como “insana e desumana” em comentários feitos um dia após a invasão.
AÇÕES DE CHOQUE
A decisão da petroleira BP de vender a Rússia a um custo de até US$ 25 bilhões foi um choque para uma indústria que tem trabalhado muito de perto com a Rússia. As condenações da Apple e da Disney eram incomuns.
À MARGEM
Empresas japonesas, incluindo Mitsui & Co, Mitsubishi Corp, Itochu Corp e Marubeni Corp, com participações em terminais de exportação de gás natural liquefeito na Rússia, estão sob crescente pressão sobre seus laços com a Rússia e estão lutando para avaliar suas operações, dizem fontes da empresa e do governo.
Muitos traders de commodities, como a Cargill, não estão dizendo muito. Grandes marcas de consumo incluem Nestlé, Procter & Gamble, Pepsi e a fabricante de biscoitos Oreo Mondelez ainda não comentaram o status de suas operações na Rússia.
A McDonald’s Corp, que tem 847 restaurantes na Rússia, 84% dos quais são de propriedade da empresa, não comentou suas operações.
(Reportagem de Peter Henderson, Anna Driver e Scott DiSavino; Edição de Sam Holmes, David Holmes, Jane Merriman e Diane Craft)
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