FOTO DO ARQUIVO: O presidente mexicano Andres Manuel Lopez Obrador participa da comemoração do terceiro aniversário de sua vitória nas eleições presidenciais no Palácio Nacional da Cidade do México, México, em 1º de julho de 2021. REUTERS / Edgard Garrido
21 de julho de 2021
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – O presidente mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador, descreveu na terça-feira como “vergonhosos” relatos de suposta espionagem cibernética ordenada pelo governo há vários anos, que pode ter como alvo ele e seus aliados próximos e disse que seu governo não espionava ninguém.
O jornal The Guardian noticiou na segunda-feira que pelo menos 50 pessoas próximas a Lopez Obrador, entre outros, foram potencialmente alvos da administração anterior do presidente Enrique Peña Nieto depois que ela comprou o software de espionagem Pegasus do grupo israelense NSO.
O Gabinete do Procurador-Geral mexicano disse na terça-feira que planeja usar algumas das novas informações para sua investigação já aberta sobre a espionagem de indivíduos que usam o software Pegasus.
“As (novas) informações estão sendo incorporadas à investigação já iniciada”, disse o escritório em um comunicado.
A reportagem do Guardian foi baseada no que o jornal e outros meios de comunicação disseram ser um vazamento de cerca de 50.000 números de telefone que foram selecionados para possível vigilância por clientes governamentais do Grupo NSO.
A lista, acessada pela primeira vez pelo canal de jornalistas sem fins lucrativos Forbidden Stories e pelo grupo de defesa Anistia Internacional, foi compartilhada com o The Guardian e mais de uma dezena de outros veículos de notícias.
A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente a existência do vazamento de dados ou se o contrato ainda estava ativo.
O Grupo NSO rejeitou os relatórios de vazamento de dados.
A Pegasus foi vendida exclusivamente a clientes governamentais em todo o mundo pela empresa israelense. Em 2017, Citizen Lab, um grupo de pesquisadores baseado na Munk School of Global Affairs da Universidade de Toronto, disse que os alvos incluíam telefones de jornalistas, ativistas de direitos humanos e especialistas que investigavam o desaparecimento de 43 estudantes mexicanos em 2014.
Lopez Obrador acusou o governo de seu antecessor de estar repleto de corrupção e abusos. Ele disse na terça-feira que se o contato com Pegasus ainda estava ativo, ele deve ser cancelado.
O ministério da defesa e a procuradoria-geral do México eram clientes do Grupo NSO.
(Reportagem de David Alire Garcia e Raul Cortes Fernandez; Edição de Gareth Jones e Grant McCool)
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FOTO DO ARQUIVO: O presidente mexicano Andres Manuel Lopez Obrador participa da comemoração do terceiro aniversário de sua vitória nas eleições presidenciais no Palácio Nacional da Cidade do México, México, em 1º de julho de 2021. REUTERS / Edgard Garrido
21 de julho de 2021
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – O presidente mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador, descreveu na terça-feira como “vergonhosos” relatos de suposta espionagem cibernética ordenada pelo governo há vários anos, que pode ter como alvo ele e seus aliados próximos e disse que seu governo não espionava ninguém.
O jornal The Guardian noticiou na segunda-feira que pelo menos 50 pessoas próximas a Lopez Obrador, entre outros, foram potencialmente alvos da administração anterior do presidente Enrique Peña Nieto depois que ela comprou o software de espionagem Pegasus do grupo israelense NSO.
O Gabinete do Procurador-Geral mexicano disse na terça-feira que planeja usar algumas das novas informações para sua investigação já aberta sobre a espionagem de indivíduos que usam o software Pegasus.
“As (novas) informações estão sendo incorporadas à investigação já iniciada”, disse o escritório em um comunicado.
A reportagem do Guardian foi baseada no que o jornal e outros meios de comunicação disseram ser um vazamento de cerca de 50.000 números de telefone que foram selecionados para possível vigilância por clientes governamentais do Grupo NSO.
A lista, acessada pela primeira vez pelo canal de jornalistas sem fins lucrativos Forbidden Stories e pelo grupo de defesa Anistia Internacional, foi compartilhada com o The Guardian e mais de uma dezena de outros veículos de notícias.
A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente a existência do vazamento de dados ou se o contrato ainda estava ativo.
O Grupo NSO rejeitou os relatórios de vazamento de dados.
A Pegasus foi vendida exclusivamente a clientes governamentais em todo o mundo pela empresa israelense. Em 2017, Citizen Lab, um grupo de pesquisadores baseado na Munk School of Global Affairs da Universidade de Toronto, disse que os alvos incluíam telefones de jornalistas, ativistas de direitos humanos e especialistas que investigavam o desaparecimento de 43 estudantes mexicanos em 2014.
Lopez Obrador acusou o governo de seu antecessor de estar repleto de corrupção e abusos. Ele disse na terça-feira que se o contato com Pegasus ainda estava ativo, ele deve ser cancelado.
O ministério da defesa e a procuradoria-geral do México eram clientes do Grupo NSO.
(Reportagem de David Alire Garcia e Raul Cortes Fernandez; Edição de Gareth Jones e Grant McCool)
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