Redação da OAN
ATUALIZADO ÀS 15:06 PT – sexta-feira, 16 de dezembro de 2022
O pedido do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para compartilhar uma mensagem de paz mundial antes das finais da Copa do Mundo no domingo é rejeitado pela FIFA.
Zelensky havia proposto à organização esportiva que, antes do jogo, ele aparecesse em vídeo para os torcedores no Lusail Stadium, no Catar. Este pedido foi rejeitado e não está claro se a mensagem teria sido ao vivo ou pré-gravada.
No passado, os representantes ucranianos usaram grandes eventos mundiais para conscientizar sobre a guerra em curso, o pedido não está fora de campo. O próprio Zelensky fez aparições virtuais em vários tipos de eventos, desde o Grammy e o Festival de Cinema de Cannes até a Cúpula do Grupo das 20 Nações. Suas aparições também incluíram entrevistas com artistas e jornalistas famosos, como Sean Penn e David Letterman, a fim de reunir apoio para a nação.
A FIFA e a Copa do Mundo já estão sob forte pressão política pelo evento que está sendo realizado no Catar. Isso se deve à postura do país em relação à comunidade LGBTQ+, ao tratamento dado a trabalhadores e mulheres migrantes, além de muitas outras questões de direitos humanos.
“Somos uma organização global e não discriminamos ninguém”, disse o chefe da FIFA, Gianni Infantino.
Devido ao clima político no Catar, os jogadores foram proibidos de usar equipamentos de apoio à comunidade LGBTQ+, junto com a proibição de álcool no estádio. A organização criou restrições ao retirar todas as seleções russas da possibilidade de participar e abriu uma exceção para a bandeira palestina.
Como a Copa do Mundo é um evento universal, a organização não quer isolar ou se manifestar contra nenhum grupo ou nação. Em conferência na sexta-feira, Infantino reforçou isso afirmando que a FIFA havia parado com “declarações políticas” porque a organização tem a responsabilidade de “cuidar de todos”.
“Estamos defendendo valores, estamos defendendo os direitos humanos e os direitos de todos na Copa do Mundo. Esses fãs e os bilhões que assistem na TV têm seus próprios problemas”, disse Infantino. “Temos que dar a eles um momento em que possam esquecer seus problemas e aproveitar o futebol.”
A FIFA afirma que seu objetivo é se relacionar com seus torcedores e fazer com que o evento futebolístico seja uma forma de escapismo para eles. Embora o pedido de Zelensky tenha sido rejeitado, ainda há negociações entre a Fifa e a Ucrânia.
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