Em 2016, Ady Barkan trabalhava como defensor da justiça econômica quando foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, ou ELA, uma doença neurológica que deteriora a função motora. Os médicos disseram que ele tinha apenas três ou quatro anos de vida. O documentário “Not Going Quietly” começa logo após esse diagnóstico sombrio, quando Ady embarca em uma nova campanha política, desta vez focada em políticas de saúde pública.
No filme, Ady deixa o conforto do lar e da família para viajar pelos Estados Unidos em uma turnê de palestras como parte de sua campanha “Seja um Herói”. Ele lidera manifestações em distritos parlamentares, onde políticos apóiam o que Ady considera políticas de saúde desumanas. Em Washington, sua pressão pelo acesso aos cuidados de saúde leva Ady a protestar contra a nomeação de Brett Kavanaugh para a Suprema Corte. Por meio dessa luta, sua doença progride, limitando sua capacidade de se mover e falar.
As cenas mais intrigantes do documentário são focadas na mecânica do ativismo de Ady. O diretor Nicholas Bruckman captura Ady e uma equipe de organizadores enquanto eles oferecem um treinamento para manifestantes que pretendem se filmar perturbando políticos durante paradas de campanha de rotina com perguntas sobre saúde. Este treinamento representa uma das poucas ocasiões em que Bruckman trata o sucesso de Ady como resultado da organização, ao invés de um feito conquistado por pura força de personalidade.
A vitalidade de Ady foi fundamental para suas realizações. Mas Bruckman elimina a quantidade significativa de planejamento que foi necessário para Ady e sua equipe construírem um movimento nacional. Essa falta de detalhes práticos significa que este documentário é uma história de interesse humano, construída a partir de batidas previsíveis de adversidade e triunfo. É um retrato caloroso e generoso, mas falta ao filme a astúcia propulsora de seu organizador central.
Não Vai Tranquilamente
Não avaliado. Tempo de execução: 1 hora e 36 minutos. Nos teatros.
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