Ultima atualização: 06 de fevereiro de 2023, 07:01 IST
Um homem reage enquanto policiais montam guarda durante um protesto contra o governo, após a destituição do ex-presidente do Peru Pedro Castillo, em Lima, Peru (Imagem: Reuters)
Pelo menos 48 pessoas morreram na revolta de dois meses, que aumentou à medida que os manifestantes exigem a deposição da presidente peruana Dina Boluarte
O governo do Peru ampliou e prolongou no domingo o estado de emergência para lidar com uma revolta de dois meses contra a presidente Dina Boluarte, que já matou 48 pessoas em confrontos entre manifestantes e forças de segurança.
Sete regiões do sul do Peru – Madre de Dios, Cusco, Puno, Apurimac, Arequipa, Moquegua e Tacna – se enquadrarão na medida, que permanecerá em vigor por 60 dias, de acordo com um aviso no diário do governo.
Em 13 de janeiro, o governo havia prorrogado por 30 dias o estado de emergência para Lima, El Callao, Cusco e Puno.
Com a nova extensão não abrangendo a capital Lima, nem El Callao — que abriga os principais aeroportos e terminais marítimos do país — o estado de emergência expirará em meados de fevereiro.
A medida autoriza os militares a respaldar ações policiais para restabelecer a ordem pública. Também suspende direitos constitucionais, como liberdade de movimento e reunião.
O decreto prevê toque de recolher das 20h às 4h por 10 dias no departamento de Puno, epicentro das manifestações antigovernamentais, onde 18 civis e um policial morreram em confrontos em 9 de janeiro.
O Peru está envolvido em uma crise política com manifestações quase diárias desde 7 de dezembro, quando o então presidente Pedro Castillo foi preso após tentar dissolver o Congresso e governar por decreto.
Bloqueios de estradas erguidos por manifestantes causaram escassez de alimentos, combustível e outros produtos básicos em várias regiões do país andino.
Os manifestantes exigem a dissolução do Congresso, uma nova constituição e a renúncia de Boluarte, que assumiu como vice-presidente com a saída de Castillo.
Várias tentativas de aprovar um projeto de lei na legislatura do Peru para permitir eleições antecipadas falharam, a última na sexta-feira, o que bloqueou qualquer debate sobre o assunto até agosto.
Isso foi seguido no sábado por violentos protestos de rua no centro de Lima.
As manifestações são conduzidas por indígenas peruanos pobres do sul que veem Castillo, que também é de origem humilde e tem raízes indígenas, como um aliado na luta contra a pobreza, o racismo e a desigualdade.
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(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado)
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