Pessoas que trabalhavam no garimpo ilegal sentam no porta-malas de um carro para se deslocar para a cidade ao chegarem ao Porto do Arame após deixarem a terra indígena Yanomami, em Alto Alegre, Roraima, Brasil (Imagem: Reuters)
Polícia Federal investiga confronto fatal entre garimpeiros e indígenas em território Yanomami
O governo brasileiro garantiu ao povo Yanomami no domingo que redobrará os esforços para remover o restante dos garimpeiros selvagens na reserva após o tiroteio fatal de um membro da comunidade indígena.
Garimpeiros mataram um homem e feriram gravemente outros dois em um ataque no sábado no território Yanomami, onde as autoridades estão expulsando garimpeiros ilegais que invadiram a maior reserva indígena do Brasil, do tamanho de Portugal.
“Continuaremos a operação para retirar todos os garimpeiros que ainda estão lá ilegalmente”, disse a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, ao canal de televisão GloboNews.
Ela disse que cerca de 80% dos mais de 20 mil garimpeiros que invadiram a reserva foram despejados e os que ainda estão resistindo à remoção com mais violência.
“Eles devem entender que têm que sair e que o Estado não vai desistir de despejá-los”, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na mesma entrevista.
“Vamos intensificar a operação”, disse ela, acrescentando que as forças armadas podem ser mobilizadas para terminar o trabalho.
Ela disse que 300 garimpos foram desmantelados e 20 aviões e um helicóptero destruídos por agentes do Ibama.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu quando assumiu o cargo em janeiro remover os garimpeiros, cuja presença causou uma crise humanitária ao espalhar doenças e causar desnutrição entre os Yanomami ao reduzir sua caça e envenenar os rios.
Uma operação de fiscalização em grande escala foi lançada em fevereiro e a maioria dos mineiros começou a sair ou foi forçada a sair.
A Polícia Federal informou que está investigando o confronto entre garimpeiros e indígenas e trabalhando para localizar e prender os responsáveis pelos disparos.
Lula prometeu tolerância zero para a mineração em terras indígenas protegidas pela Constituição e a agência de proteção ambiental está planejando operações de despejo em outras cinco reservas quando a extração ilegal de madeira e a mineração aumentaram sob o presidente anterior Jair Bolsonaro.
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(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado)
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