O mercado de refrigerantes está enfrentando uma pressão renovada após o vazamento de informações de que a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer planeja designar o adoçante artificial Aspartame como um possível carcinógeno.
Um adoçante artificial usado na Diet Coke pode “possivelmente” causar câncer, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O aspartame, que é usado em milhares de produtos, incluindo iogurte e goma de mascar, será listado no próximo mês como “possivelmente cancerígeno para humanos” pela primeira vez pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), o braço de pesquisa do câncer da OMS, dois disseram fontes à Reuters.
O IARC, que avalia se algo é um perigo potencial com base nas evidências publicadas, já foi investigado por causar alarme.
Anteriormente, ele colocou o trabalho durante a noite e o consumo de carne vermelha em sua classe “provavelmente causador de câncer” e o uso de telefones celulares como “possivelmente causador de câncer”, semelhante ao aspartame.
Anúncio
Preocupações sérias sobre a revisão
A IARC tem quatro níveis diferentes de classificação – cancerígeno, provavelmente cancerígeno, possivelmente cancerígeno e não classificável. Os níveis são baseados na força das evidências, e não no quão perigosa é uma substância.
O aspartame tem sido amplamente utilizado desde a década de 1980 como adoçante e está presente em cerca de 6.000 produtos, como refrigerantes dietéticos, gomas de mascar, cereais matinais e pastilhas para tosse.
A orientação sobre quanto é seguro consumir virá do Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) da OMS e da Organização para Agricultura e Alimentação, que deve anunciar suas descobertas em 14 de julho, em uníssono com a IARC.
Por exemplo, um adulto de 60kg teria que beber entre 12 e 36 latas de refrigerantes – dependendo da quantidade de Aspartame na bebida – todos os dias para estar em risco. Sua visão tem sido amplamente compartilhada por reguladores nacionais, inclusive nos Estados Unidos e na Europa.
Anúncio
Um porta-voz da IARC disse que as descobertas dos comitês IARC e JECFA eram confidenciais até julho, mas acrescentou que eram “complementares”, com a conclusão da IARC representando “o primeiro passo fundamental para entender a carcinogenicidade”.
O comitê de aditivos “conduz a avaliação de risco, que determina a probabilidade de um tipo específico de dano (por exemplo, câncer) ocorrer sob certas condições e níveis de exposição”.
Em 2015, a IARC concluiu que o glifosato é “provavelmente cancerígeno”. Anos depois, mesmo com a contestação de outros órgãos, como a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, as empresas ainda sentiam os efeitos da decisão.
Em 2021, a alemã Bayer perdeu seu terceiro recurso contra os veredictos dos tribunais dos Estados Unidos que concederam indenização a clientes que culpavam seus cânceres pelo uso de seus herbicidas à base de glifosato.
Discussão sobre isso post