Ultima atualização: 11 de julho de 2023, 01h57 IST
Zelensky fez as últimas observações sobre a adesão à OTAN em uma mensagem de vídeo postada no Telegram. (Imagem de arquivo: Reuters)
O presidente ucraniano pede um sinal claro sobre a adesão à OTAN, traçando momentos-chave no relacionamento da Ucrânia com a aliança
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu na segunda-feira aos aliados ocidentais um “sinal claro” sobre as perspectivas de adesão de seu país à OTAN, na véspera de uma importante cúpula da aliança na Lituânia.
“A Ucrânia merece estar na aliança. Agora não, porque agora há guerra, mas precisamos de um sinal claro e esse sinal é necessário agora”, disse Zelensky em uma mensagem de vídeo postada no Telegram.
À medida que a Ucrânia intensifica sua campanha para adesão à OTAN, vamos olhar para os momentos-chave em seu relacionamento com a aliança de defesa ocidental.
– 1994: Pacto de paz pós-soviético –
Depois de se tornar independente da União Soviética em 1991, a Ucrânia em 8 de fevereiro de 1994 se torna um dos primeiros ex-estados soviéticos a aderir à “Parceria para a Paz” da OTAN.
O programa prevê a cooperação militar com os ex-países comunistas.
Mais tarde naquele ano, a Ucrânia concorda em desistir das armas nucleares herdadas da União Soviética em troca de garantias de segurança dos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia.
– 2002: Candidatura à adesão à OTAN –
Em 23 de maio de 2002, o presidente ucraniano Leonid Kuchma declara as ambições de adesão de seu país à OTAN.
Três ex-satélites soviéticos – Polônia, Hungria e República Tcheca – já aderiram.
A OTAN diz a Kiev para esperar e continuar implementando reformas.
O presidente russo, Vladimir Putin, diz que a Ucrânia tem o direito de decidir seu próprio futuro, mas permanece geralmente contra a expansão da OTAN para o leste.
Em 2004, outros sete estados ex-comunistas se inscreveram: Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia.
– 2008: Resistência alemã, francesa –
Em uma cúpula em Bucareste, em abril de 2008, os líderes da OTAN adiam colocar a Ucrânia e a Geórgia, esperançada na UE e na OTAN, em um caminho formal para a adesão, mas concordam que as duas ex-repúblicas soviéticas “se tornarão membros” em algum momento.
Os Estados Unidos pressionaram fortemente em nome da Geórgia e da Ucrânia, mas a Alemanha e a França argumentaram que não estavam prontos para ingressar na OTAN.
– 2014: OTAN ataca a captura da Crimeia –
Em 18 de março de 2014, o secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, condenou a anexação “ilegal e ilegítima” pela Rússia da península ucraniana da Crimeia, dizendo que a OTAN não a reconhecerá.
A OTAN intensifica sua cooperação com o governo pró-europeu que chegou ao poder na revolta de Maidan na Ucrânia.
– 2022: invasão russa –
Em 30 de setembro de 2022, a Ucrânia solicita a adesão acelerada à OTAN, sete meses depois que a Rússia lançou uma invasão em grande escala do país.
A Finlândia acaba de se tornar o 31º membro da OTAN e o pedido da Suécia também está sendo acelerado, mas Kiev recebe apenas uma resposta sem compromisso.
Em maio de 2023, Zelensky admite que não é “realista” ingressar enquanto a Ucrânia ainda luta contra a Rússia, mas que deseja “uma mensagem muito clara de que estaremos na OTAN depois da guerra”.
A Casa Branca diz que a adesão virá em um “futuro não muito distante”, mas não na cúpula da OTAN desta semana na Lituânia.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e foi publicada a partir de um feed de agência de notícias sindicalizado – AFP)
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