No final do sábado, um terremoto de magnitude 7,2 atingiu o sul do Alasca, levando a um alerta de tsunami, conforme relatado por órgãos de monitoramento.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos confirmou que o terremoto ocorreu às 22h48, aproximadamente 106 quilômetros (65,8 milhas) ao sul de Sand Point, no Alasca. O terremoto ocorreu a uma profundidade de 13 milhas, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, que emitiu um alerta de tsunami. A Agência de Gerenciamento de Emergências do Havaí, no entanto, afirmou que não havia ameaça para as ilhas.
Em meio ao recente alerta de tsunami, vamos nos aprofundar no significado e importância desse fenômeno de desastre natural. No entanto, um aspecto intrigante que surgiu no Japão após o desastre de 2011 foi a ocorrência de histórias peculiares de fantasmas. Essas histórias refletiam a profunda dor e o trauma vivido pelas comunidades afetadas, com avistamentos e encontros com espíritos se tornando cada vez mais comuns.
O que é um tsunami e como ele ocorre?
Um tsunami é um fenômeno natural caracterizado por uma série de ondas grandes, de longo comprimento de onda e de longo período. É tipicamente causada por uma perturbação ou atividade repentina e violenta abaixo da superfície do oceano perto da costa.
Isso pode resultar de vários eventos, como terremotos, erupções vulcânicas ou deslizamentos de terra subaquáticos.conforme relatório de Centro Internacional de Informações sobre Tsunamis. Quando um volume significativo de água é deslocado ou o fundo do mar sobe ou desce abruptamente, pode gerar poderosas ondas de tsunami. Essas ondas se propagam para fora da fonte e podem representar ameaças significativas e causar danos extensos quando atingem a costa.
O termo “tsunami” se origina das palavras japonesas “tsu” (que significa porto) e “nami” (que significa onda).
Embora o termo “onda sísmica ou maremoto” às vezes seja usado de forma intercambiável, é enganoso, pois os tsunamis podem ser desencadeados por fatores não sísmicos, como erupções vulcânicas ou deslizamentos de terra subaquáticos, de acordo com o relatório.
As ondas do tsunami são distintas das marés astronômicas, que são influenciadas por corpos celestes como a lua, o sol e os planetas. O termo “tsunami” é aceito internacionalmente como o termo preciso e abrangente para essas ondas, pois abrange todas as formas de geração de ondas impulsivas.
Quanto dano um tsunami pode causar?
Conforme ITCas ondas do tsunami são particularmente perigosas. Eles podem se assemelhar a enormes paredes de água e continuar a representar uma ameaça para a costa por várias horas, com ondas ocorrendo em intervalos de 5 a 60 minutos. É importante observar que a onda inicial pode não ser necessariamente a maior, pois as ondas subsequentes, incluindo a segunda, terceira, quarta ou posteriores, podem ser ainda maiores.
Quando uma onda de tsunami atinge e inunda uma área, ela finalmente recua em direção ao mar, muitas vezes expondo o fundo do mar. No entanto, essa recessão é temporária e, em poucos minutos, outra onda surge em terra. Essas ondas subsequentes podem carregar quantidades significativas de detritos, incluindo restos de estruturas e objetos destruídos por ondas anteriores.
Quando as ondas do tsunami entram nos portos, elas geram correntes de água poderosas e perigosas. Essas correntes podem facilmente quebrar amarras de navios e embarcações, representando uma grave ameaça. Além disso, os tsunamis têm o potencial de viajar para o interior através dos canais dos rios, formando furos – grandes ondas ou surtos de água – que podem se estender muito além da costa e entrar em rios ou outras vias navegáveis. Esses furos podem causar extensas inundações e danos nas áreas afetadas.
Alguns tsunamis notáveis
Alguns dos tsunamis mais notáveis da história incluem o tsunami do Oceano Índico de 2004, desencadeado por um grande terremoto na costa de Sumatra, que causou devastação generalizada e ceifou centenas de milhares de vidas. O terremoto e tsunami de Tohoku em 2011 no Japão resultaram em danos catastróficos e no desastre nuclear de Fukushima. O terremoto e tsunami de Valdivia em 1960, o terremoto mais forte registrado, causou baixas significativas e afetou países em todo o Pacífico. O tsunami de Java de 2006 na Indonésia custou centenas de vidas e causou destruição generalizada. O terremoto de Lisboa de 1755 e o tsunami em Portugal causaram extensa devastação ao longo da costa de vários países, conforme relatos.
O Fenômeno Fantasma em 2011 – Tsunami atingiu o Japão
Após o devastador terremoto, tsunami e desastre nuclear que atingiu Tohoku, no Japão, em 2011, Richard Lloyd Parry, um jornalista baseado em Tóquio, explorou extensivamente Tohoku para obter uma compreensão mais profunda das comunidades devastadas pelo desastre. Em seu livro ‘Ghosts of the Tsunami: Death and Life in Japan’s Disaster Zone’, ele falou sobre o muito documentado luto experimentado pelos afetados, que incluiu ‘avistamentos sobrenaturais’.
Segundo Parry, para aqueles cujos restos mortais nunca foram encontrados, buscar a ajuda de médiuns para localizá-los tornou-se uma prática comum, segundo relatório de o guardião. Tohoku pós-desastre tornou-se um lugar repleto de fantasmas, com inúmeros relatos de avistamentos. Essas aparições foram vistas como consequência da perda significativa de vidas, pois muitas vítimas não estavam preparadas para abandonar seus apegos mundanos. O fenômeno também foi documentado em vários documentários e reportagens.
As histórias de fantasmas tornaram-se predominantes, com relatos de pessoas falecidas visitando conhecidos em moradias temporárias ou motoristas de táxi encontrando passageiros invisíveis solicitando transporte para endereços inexistentes. Embora a crença no sobrenatural varie entre os indivíduos, a percepção desses fantasmas foi genuinamente mantida por muitos. O generalizado “problema fantasma” em Tohoku levou acadêmicos universitários a documentar as histórias, e padres de várias origens religiosas se viram repetidamente chamados a aliviar a angústia de espíritos infelizes que, em casos extremos, poderiam possuir os vivos, o relatório explicou.
Em última análise, acreditar ou não no sobrenatural é secundário em relação ao significado da crença genuína das pessoas no que viram. Os encontros fantasmagóricos em Tohoku servem como testemunho do profundo impacto emocional do desastre e das várias maneiras pelas quais os indivíduos lidaram com sua profunda perda.
A Associated Press contribuiu para este relatório
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