FOTO DO ARQUIVO: Nota de 200 reais são vistos após o Banco Central do Brasil emitir a nova nota em Brasília, Brasil, 2 de setembro de 2020. REUTERS / Adriano Machado / Foto do arquivo
26 de agosto de 2021
BRASÍLIA (Reuters) – A Suprema Corte do Brasil decidiu na quinta-feira que uma lei que concede autonomia ao banco central é constitucional, garantindo aos formuladores de política monetária rédea mais livre para enfrentar o aumento da inflação depois que partidos de oposição de esquerda buscaram derrubar a medida.
A decisão 8-2 é um impulso para a credibilidade da política monetária sob o presidente Jair Bolsonaro. O banco central do Brasil aumentou as taxas de juros agressivamente para domar o aumento da inflação em meio a uma recuperação econômica desigual do segundo surto de coronavírus mais mortal do mundo.
A lei não muda a forma como o banco fixa as taxas de juros, mas o distancia da política ao estabelecer mandatos fixos de quatro anos para seu governador e diretores que não coincidem mais com o ciclo de eleições presidenciais.
Bolsonaro lamentou ter promulgado a lei, já que aumentos bruscos nas taxas de juros ameaçam prejudicar a economia no próximo ano, quando ele concorre à reeleição. Os formuladores de políticas do banco também criticaram indiretamente seus esforços para aumentar os gastos públicos para ganhar votos.
Fontes do banco central disseram à Reuters que estavam cientes de que o presidente não estava satisfeito com a lei, mas disseram que o banco não havia enfrentado nenhuma pressão do presidente quanto à autonomia política.
O gabinete de Bolsonaro disse que ele favorece a autonomia do banco central.
A autoridade monetária já tem autonomia de fato para implementar as políticas consideradas necessárias para atingir suas metas de metas de inflação, mas o presidente do banco é tecnicamente um membro do Gabinete nomeado pelo presidente do Brasil.
(Reportagem de Ricardo Brito; Reportagem adicional de Marcela Ayres; Escrita de Gabriel Stargardter; Edição de Lisa Shumaker)
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FOTO DO ARQUIVO: Nota de 200 reais são vistos após o Banco Central do Brasil emitir a nova nota em Brasília, Brasil, 2 de setembro de 2020. REUTERS / Adriano Machado / Foto do arquivo
26 de agosto de 2021
BRASÍLIA (Reuters) – A Suprema Corte do Brasil decidiu na quinta-feira que uma lei que concede autonomia ao banco central é constitucional, garantindo aos formuladores de política monetária rédea mais livre para enfrentar o aumento da inflação depois que partidos de oposição de esquerda buscaram derrubar a medida.
A decisão 8-2 é um impulso para a credibilidade da política monetária sob o presidente Jair Bolsonaro. O banco central do Brasil aumentou as taxas de juros agressivamente para domar o aumento da inflação em meio a uma recuperação econômica desigual do segundo surto de coronavírus mais mortal do mundo.
A lei não muda a forma como o banco fixa as taxas de juros, mas o distancia da política ao estabelecer mandatos fixos de quatro anos para seu governador e diretores que não coincidem mais com o ciclo de eleições presidenciais.
Bolsonaro lamentou ter promulgado a lei, já que aumentos bruscos nas taxas de juros ameaçam prejudicar a economia no próximo ano, quando ele concorre à reeleição. Os formuladores de políticas do banco também criticaram indiretamente seus esforços para aumentar os gastos públicos para ganhar votos.
Fontes do banco central disseram à Reuters que estavam cientes de que o presidente não estava satisfeito com a lei, mas disseram que o banco não havia enfrentado nenhuma pressão do presidente quanto à autonomia política.
O gabinete de Bolsonaro disse que ele favorece a autonomia do banco central.
A autoridade monetária já tem autonomia de fato para implementar as políticas consideradas necessárias para atingir suas metas de metas de inflação, mas o presidente do banco é tecnicamente um membro do Gabinete nomeado pelo presidente do Brasil.
(Reportagem de Ricardo Brito; Reportagem adicional de Marcela Ayres; Escrita de Gabriel Stargardter; Edição de Lisa Shumaker)
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