LEIAMAIS
OPINIÃO
Houve um momento de choque e espanto, de algo desmoronando, a teoria do caos na prática, no início do primeiro Debate dos Líderes na TVNZ na noite de terça-feira.
Na verdade foi
pouco antes do debate começar e mesmo antes de o público de cerca de 60 pessoas ser conduzido aos elevadores e conduzido a um pequeno estúdio decorado em lilás – iluminação lilás, relâmpagos lilás em um fundo preto, música de fundo lilás.
Aconteceu no foyer da TVNZ. Um cabide caiu com um estrondo. Cabides espalhados pelo chão. Meu Deus, foi emocionante. Nada no debate real se aproximou do seu impacto e drama.
“Feijões e cenouras”, disse Christopher Luxon da National, desprezando a decisão do governo de remover o GST das frutas e legumes. “Bananas!”
Mesmo antes do incidente do cabide, avistou-se um político com enorme energia e algo que lembrava carisma – o ex-ministro Simon Power, que compareceu ao debate como membro da plateia. Eu me joguei e conversei. Ele disse: “Adoro todas aquelas histórias que você escreve sobre infraestrutura!” Ele me confundiu com Simon Wilson.
“Sim”, disse Chris Hipkins, do Partido Trabalhista, quando questionado se algum dia introduziria o imposto sobre ganhos de capital, “isso é um não”. Ele tem uma voz fina e esganiçada.
Mesmo antes de me conhecer confuso Arauto leitor Simon Power, houve a emoção de ver alguém com uma mensagem política poderosa – alguém desfilou do lado de fora da TVNZ em uma fantasia verde da Vila Sésamo e carregava um cartaz que dizia MONSTRO DA DÍVIDA.
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O debate continuou. A apresentadora Jessica Mutch McKay perguntou o que fariam se a China invadisse Taiwan. Hipkins disse que não poderia comentar hipóteses e Luxon disse que por se tratar de uma hipótese, ele não poderia comentar.
Sentei-me na plateia do estúdio e cochilei. “Parece bem, tio Steve!”, Mandei uma mensagem para minha sobrinha Joanna.
Hipkins disse que sua praia favorita era Raumati South. Luxon disse que sua praia favorita era a Ilha Waiheke.
Quando o debate terminou, e eu corri para salvar a minha vida, vi o ex-líder trabalhista David Cunliffe, que foi convidado a participar de um painel de especialistas. Ele parecia tão desgrenhado como quando perdeu as eleições de 2014, ainda parecia estar carregando um Diário da Perdição. Isto é o que a política faz com pessoas de competência moderada e comportamento brando: fixa-as numa espécie de formol. Foi como ver Hipkins e Luxon como aparecerão no futuro, banhados para sempre por uma luz lilás.
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