Uma enfermeira administra a vacina contra a malária a uma criança no hospital do subcondado de Lumumba, em Kisumu, no Quénia. (Imagem: Reuters)
O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o mundo agora tem duas vacinas para combater o flagelo da malária.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a vacina contra a malária R21/Matrix-M desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo Instituto Serum da Índia para uso, pois atendeu aos padrões de segurança, qualidade e eficácia exigidos, de acordo com um relatório da agência de notícias ANOS.
A vacina foi recomendada para utilização após uma revisão científica rigorosa e detalhada pelo Grupo Consultivo Estratégico de Peritos (SAGE) e pelo Grupo Consultivo para Políticas sobre a Malária (MPAG) e pelo órgão consultivo independente da OMS.
A vacina foi licenciada para utilização no Gana, Burkina Faso e Nigéria e foi desenvolvida pelo Instituto Jenner da Universidade de Oxford e pelo Instituto Serum da Índia com o apoio da Parceria Europeia e dos Países em Desenvolvimento para Ensaios Clínicos (‘EDCTP’), do Wellcome Trust, e o Banco Europeu de Investimento («BEI»).
“Durante demasiado tempo, a malária ameaçou a vida de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo, afectando desproporcionalmente os mais vulneráveis entre nós. É por isso que a recomendação e aprovação da OMS da vacina R21/Matrix-M marca um grande marco em nossa jornada para combater esta doença potencialmente fatal”, disse Adar Poonawalla, CEO do Serum Institute of India, citado pela agência de notícias. ANOS.
“Como investigador da malária, costumava sonhar com o dia em que teríamos uma vacina segura e eficaz contra a malária. Agora temos dois”, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Metade da população mundial vive numa área de alto risco de malária e a grande maioria dos casos e mortes são notificados no continente africano.
O Dr. Matshidiso, director regional da OMS para África, disse que a vacina desenvolvida pela SII e Oxford tem um grande potencial para o continente e ajudou a colmatar a enorme lacuna entre a procura e a oferta.
“Fornecidas em grande escala e amplamente implementadas, as duas vacinas podem ajudar a reforçar os esforços de prevenção e controlo da malária e salvar centenas de milhares de vidas de jovens em África desta doença mortal”, disse Moeti, citado pela agência de notícias. AFP.
A vacina RTS,S, desenvolvida pela gigante farmacêutica britânica GSK, será introduzida em alguns países africanos no início de 2024, e a vacina R21 deverá estar disponível em meados de 2024.
As duas vacinas têm taxas de eficácia semelhantes, de cerca de 75%, quando administradas nas mesmas condições.
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