Kim Jong Un clicou anteriormente em fotos da Casa Branca, de bases do Exército dos EUA e de outros locais do Exército dos EUA usando o satélite espião da Coreia do Norte. (Imagem: Foto AP)
O Ministério da Defesa norte-coreano disse que tal medida seria vista como uma “declaração de guerra”.
A Coreia do Norte alertou no sábado que “destruiria” satélites espiões dos EUA se Washington tentasse “qualquer ataque” ao seu ativo espacial, depois de Pyongyang ter lançado o seu primeiro olho militar no céu na semana passada.
Um porta-voz do Ministério da Defesa do Norte disse que consideraria tal medida uma “declaração de guerra”, de acordo com um comunicado divulgado pela Agência Central de Notícias da Coreia, estatal.
A declaração surgiu após a observação de um responsável dos EUA de que Washington “poderia negar as capacidades espaciais e antiespaciais de um adversário… utilizando uma variedade de meios reversíveis e irreversíveis”, referindo-se ao lançamento bem sucedido do satélite espião do Norte no final de Novembro.
Os militares dos EUA podem minar a “eficácia e letalidade das forças adversárias em todos os domínios”, disse Sheryll Klinkel, porta-voz do Comando Espacial dos EUA, à Rádio Free Asia esta semana.
No sábado, Pyongyang ameaçou “destruir” satélites espiões dos EUA se Washington “tentar violar o território legítimo” da Coreia do Norte, referindo-se ao seu programa de satélites.
Se os Estados Unidos tentarem violar os seus direitos espaciais, o porta-voz do Ministério da Defesa do Norte disse que o seu país “considerará tomar medidas de acção reactiva para auto-defesa para minar ou destruir a viabilidade dos satélites espiões dos EUA”.
A Coreia do Norte é impedida, por sucessivas rondas de resoluções da ONU, de realizar testes que utilizem tecnologia balística, e analistas dizem que existe uma sobreposição tecnológica significativa entre as capacidades de lançamento espacial e o desenvolvimento de mísseis balísticos.
Especialistas disseram que colocar em órbita um satélite de reconhecimento funcional melhoraria as capacidades de coleta de informações da Coreia do Norte, especialmente sobre a Coreia do Sul, e forneceria dados cruciais em qualquer conflito militar.
Desde o lançamento da semana passada, o Norte afirmou que o seu satélite já forneceu imagens dos principais locais militares dos EUA e da Coreia do Sul.
Ainda não divulgou nenhuma das imagens de satélite que afirma possuir.
O lançamento do “Malligyong-1” pelo Norte foi a terceira tentativa de Pyongyang de colocar tal satélite em órbita, depois de dois fracassos anteriores.
Seul disse que o Norte recebeu ajuda técnica de Moscou, em troca do fornecimento de armas para uso na guerra da Rússia com a Ucrânia.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e é publicada no feed de uma agência de notícias sindicalizada – AFP)
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