Cinco países estão enfrentando surtos de antraz com mais de 1.100 casos suspeitos e 20 mortes este ano, alertou a Organização Mundial da Saúde.
Um total de 1.166 casos suspeitos foram notificados no Quênia, Malawi, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.
Trinta e sete casos foram confirmados por testes laboratoriais, disse a OMS. A organização afirmou que os cinco países registram surtos sazonais todos os anos, mas a situação na Zâmbia é a pior desde 2011 e o Malawi teve seu primeiro caso humano este ano. Uganda relatou 13 mortes.
O antraz geralmente afeta rebanhos como bovinos, ovinos e caprinos, além de herbívoros selvagens.
No entanto, os seres humanos podem ser infectados se forem expostos aos animais ou a produtos de origem animal contaminados.
O antraz geralmente não é considerado contagioso entre humanos. No entanto, houve casos raros de transmissão de pessoa para pessoa, afirmou a OMS.
A doença é causada por bactérias formadoras de esporos e às vezes está associada à versão armada usada nos ataques de 2001 nos Estados Unidos, quando cinco pessoas morreram e outras 17 adoeceram após serem expostas a esporos de antraz em cartas enviadas pelo correio.
A bactéria antraz também ocorre naturalmente no solo.
Numa avaliação separada do surto na Zâmbia, que é o mais preocupante, a OMS afirmou que 684 casos suspeitos tinham sido notificados no país da África Austral até 20 de novembro, com quatro mortes. Foram notificados casos humanos de antraz em nove das 10 províncias da Zâmbia.
Num caso, 26 pessoas eram suspeitas de contrair a doença por comerem carne de hipopótamo contaminada. A OMS disse que havia um alto risco de o surto na Zâmbia se espalhar para os países vizinhos.
Os surtos nos cinco países “provavelmente foram impulsionados por múltiplos fatores, incluindo choques climáticos, insegurança alimentar, percepção de baixo risco e exposição à doença através do manuseio da carne de animais infectados”, disse a OMS.
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