A União Europeia enfrenta um debate interno sobre os planos de expansão de suas fronteiras, com a opinião pública dividida sobre a adição de novos países ao bloco de 27 países.
As pesquisas mostram que não há apoio majoritário para a adição de novos Estados-membros em alguns dos países mais antigos do bloco, incluindo Alemanha e França.
Os residentes desses membros fundadores parecem geralmente se opor à possível adesão de três países cotados para aderir – Ucrânia, Moldávia e Montenegro – de acordo com uma pesquisa em seis países da UE realizada pelo Conselho Europeu de Relações Externas (ECFR).
O ECFR descobriu que residentes austríacos e dinamarqueses também estavam nessa linha antes das negociações sobre a eventual adesão das nações dos Balcãs.
No entanto, há uma divisão significativa entre os europeus anti-expansionistas e seus homólogos nos novos Estados-Membros, que parecem mais receptivos à perspectiva.
Os pesquisadores perguntaram aos habitantes da Romênia, Polônia, Dinamarca, França, Alemanha e Áustria se achavam que a UE deveria (ou não) buscar adicionar novos membros.
Os entrevistados puderam dizer se achavam que o bloco não deveria agregar novas nações, se não sabiam, se sentiam indiferentes ou se favoreceriam membros adicionais.
A pesquisa revelou um apoio generalizado à expansão na Polônia e na Romênia, Estados-Membros que aderiram à UE em 2004 e 2007, respectivamente.
A Romênia foi o país mais pró-expansão entre os países pesquisados, com 51 por cento das pessoas afirmando que o bloco deveria buscar adicionar novos membros, contra 47 por cento que acreditavam que não deveria.
A Polônia ficou em segundo lugar, com 47 por cento a favor da expansão e 19 por cento contra novas adições.
Na Dinamarca, França, Alemanha e Áustria, uma minoria – 29, 27, 28 e 28 por cento da população, respectivamente – disse que acolheria favoravelmente a expansão, enquanto a maioria – 37, 44, 50 e 53 por cento – disse que não.
O resultado global foi que uma pequena maioria das pessoas era a favor da introdução de novos países, com 35 por cento apoiando e 37 contra, mas incluindo as respostas indiferentes e indecisas, não houve uma opinião clara vencedora.
A maioria dos que se opuseram aos potenciais novos participantes estavam especialmente preocupados com a Ucrânia, com muitos temendo que a inclusão de Kiev tornaria o continente menos seguro.
Os líderes da UE se reunirão para discutir a possível adesão das nações dos Balcãs em uma cúpula de alargamento em Bruxelas, no dia 13 de dezembro.
As decisões envolvendo seus possíveis papéis futuros no bloco serão divulgadas ainda esta semana.
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