A Assembleia Geral das Nações Unidas votou esmagadoramente a favor da exigência de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Um total de 153 dos 193 Estados-membros votaram a favor de um cessar-fogo na terça-feira. Houve 10 votos contra – incluindo EUA e Israel – com 23 ausências, relata a BBC.
O representante palestino Riyad Mansour saudou a votação como um “dia histórico”. Antes da votação, Gilad Erdan, de Israel, disse que “um cessar-fogo só serve para prolongar o reinado de terror do Hamas”.
Um alto funcionário do Hamas, Bassem Naeem, disse à BBC que a aprovação da resolução confirmou que “a vontade internacional prevalecente é a favor de parar a agressão contra o povo palestino”.
Embora os Estados Unidos tenham votado contra um cessar-fogo, o presidente Joe Biden já havia alertado Israel que poderia perder o apoio internacional devido ao “bombardeio indiscriminado” dos palestinos. Ele também ficou preocupado com a visão de Israel sobre o futuro da Faixa de Gaza, afirmando que Israel se opõe a uma solução de dois estados.
A votação de terça-feira foi a segunda tentativa da ONU de encerrar o conflito. Em outubro, a Assembleia Geral havia pedido “uma trégua humanitária” em uma resolução adotada com 121 votos a favor, 14 contra e 44 abstenções.
Embora não sejam legalmente vinculativas, uma resolução da ONU é vista como uma forma de medir a opinião internacional. O Secretário Geral da ONU, António Guterres, vem há muito tempo pressionando por um cessar-fogo humanitário para evitar um “colapso completo da ordem pública” em Gaza.
Israel realizou ataques aéreos em Gaza, bem como uma ofensiva terrestre após um ataque do Hamas em 7 de outubro. Autoridades israelenses afirmam que 1.200 foram mortos e outros 240 feitos reféns.
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