Última atualização: 31 de janeiro de 2024, 23h04 IST
O Vaticano cedeu e reconheceu as nomeações após o fato. (Imagem: AP Photo)
Dom Peter Wu Yishun foi consagrado bispo de Minbei, em Fujian, no sudeste da China, informou o Vaticano em comunicado. Observou que Francisco o nomeou bispo em 6 de dezembro.
O Papa Francisco anunciou na quarta-feira a nomeação de um novo bispo chinês, o terceiro em menos de uma semana, num aparente sinal de que um controverso acordo de 2018 com Pequim que rege a nomeação de bispos chineses está a funcionar.
Dom Peter Wu Yishun foi consagrado bispo de Minbei, em Fujian, no sudeste da China, informou o Vaticano em comunicado. Observou que Francisco o nomeou bispo em 6 de dezembro.
Na segunda-feira, o Vaticano anunciou um novo bispo para Weifang e disse que Francisco reorganizou o território da Igreja e erigiu ali uma nova diocese para se conformar com a delimitação geográfica da área pela China. O bispo Anthony Sun Wenjun foi nomeado em abril passado, mas na verdade foi consagrado na segunda-feira, disse o Vaticano.
O Vaticano disse que Francisco tomou a decisão de redesenhar as fronteiras de Weifang “com o desejo de promover o cuidado pastoral do rebanho do Senhor e de atender melhor ao seu bem-estar espiritual”. Observou que o território anterior, denominado prefeitura apostólica, foi erigido em 1931 pelo Papa Pio XI.
No dia 25 de janeiro, o Vaticano anunciou a consagração do novo bispo de Zhengzhou, Tadeus Wang Yuesheng.
O Vaticano disse que todas as nomeações ocorreram “dentro da estrutura” do acordo Vaticano-China de 2018.
O acordo de 2018, que foi renovado duas vezes, visava unir os cerca de 12 milhões de católicos da China, que foram divididos entre uma igreja oficial e uma igreja clandestina leal a Roma. A igreja clandestina surgiu quando os comunistas chegaram ao poder e as relações diplomáticas entre a Santa Sé e a China se romperam.
Francisco disse que tem a palavra final no processo de nomeação de bispos, mas Pequim fez no ano passado algumas nomeações unilaterais de bispos sem o consentimento papal, em meio a uma repressão mais ampla do presidente Xi Jinping às liberdades religiosas.
O Vaticano cedeu e reconheceu as nomeações após o fato.
Os termos do acordo de 2018 nunca foram divulgados, e os críticos de Francisco criticaram-no como uma traição aos católicos chineses que permaneceram leais ao Vaticano e sofreram ataques de perseguição. O Vaticano reconheceu anteriormente que o acordo de 2018 estava longe de ser ideal, mas que foi o melhor acordo que conseguiu conseguir.
Há muito que Pequim insiste que deve aprovar tais nomeações como uma questão de soberania nacional. O Vaticano insistiu na autoridade divina do papa para escolher os sucessores dos apóstolos de Cristo.
(Esta história não foi editada pela equipe do News18 e é publicada no feed de uma agência de notícias sindicalizada – Imprensa Associada)
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