A Comissão de Cinema da Nova Zelândia aprovou um financiamento de US$ 800 mil para um documentário de US$ 3,2 milhões sobre a primeira-ministra Jacinda Ardern. Apesar das dúvidas sobre seu potencial comercial, os chefes da comissão estão confiantes de que o filme será um sucesso. O documentário, desenvolvido por Pietra Brettkelly e Justin Pemberton e produzido pela Firefly Studios, explorará a ascensão de Ardern como líder política e os desafios que enfrentou.
Jacinda Ardern não endossou o documentário, mas recebeu investimento estrangeiro significativo e interesse internacional. O filme está em desenvolvimento há vários anos e está previsto para iniciar a produção ainda este ano, com uma data de lançamento provável em agosto de 2025. O documentário será uma exploração social da trajetória de Ardern, desde sua ascensão como líder jovem até os momentos de enfrentamento com a reação de ódio.
Alguns profissionais da indústria questionam se o filme seria mais adequado para o formato de televisão, devido aos custos de produção mais altos associados a uma longa-metragem. Em um momento de reestruturação na NZ Film Commission, com planos de cortes de até 21 cargos, a aprovação do financiamento para o documentário levanta discussões sobre o futuro da agência.
A presidente da Comissão de Cinema da Nova Zelândia, Alastair Carruthers, recusou-se a tomar a decisão de financiar o filme, que foi aprovado pela equipe e pelo conselho da comissão. O documentário, intitulado Jacindamania, é descrito como uma análise da ascensão e queda de Jacinda Ardern em meio à reação de ódio e extremismo violento que afligiram a Nova Zelândia.
A CEO da NZFC, Annie Murray, expressou confiança de que o filme será bem-sucedido, com investimento significativo de parceiros locais e internacionais. Ela destacou a importância das vendas internacionais e do sucesso em festivais de cinema como medidas de sucesso para o documentário. Murray enfatizou que Ardern não teve envolvimento editorial no projeto.
O financiamento de US$ 800 mil foi aprovado no mês passado e a produção do documentário está prevista para começar em breve. Murray acredita que a versão para tela grande do filme atrairá mais investimento estrangeiro e público internacional do que uma versão para a televisão. O documentário está sendo desenvolvido por documentaristas experientes da Nova Zelândia, com um foco na importância histórica do período de liderança de Jacinda Ardern.
Além disso, a NZFC está passando por um processo de reestruturação, com consultas confidenciais com os funcionários sobre a organização da agência. As mudanças são vistas como necessárias para melhor atender às demandas de uma indústria cinematográfica em constante evolução. A CEO Annie Murray ressaltou a importância de adaptar a agência para garantir sua relevância e eficácia.
Em um cenário de cortes de financiamento e reestruturação na NZFC, o documentário sobre Jacinda Ardern representa um desafio e uma oportunidade para a agência. Aprovado com investimento público e interesse internacional, o filme promete explorar a trajetória da líder neozelandesa em meio a controvérsias e desafios. O lançamento do documentário é aguardado com expectativa, enquanto a NZFC busca se adaptar às demandas da indústria cinematográfica em constante mudança.
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