O serviço de inteligência estrangeiro da Rússia acusou os Estados Unidos de tentarem interferir nas eleições presidenciais do país, poucos dias antes de os cidadãos irem às urnas.
O serviço de inteligência SVR, agência sucessora da KGB, afirma que Washington tinha até planos de realizar um ataque cibernético ao sistema de votação online.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, o SVR disse ter informações de que a administração do presidente americano Joe Biden decidiu interferir na votação nacional, segundo a mídia estatal russa.
“De acordo com informações recebidas pelo Serviço de Inteligência Estrangeira da Federação Russa, a administração de J. Biden está estabelecendo uma tarefa para as ONGs americanas conseguirem uma diminuição na participação”, disse a agência, citada como tendo dito.
“Com a participação dos principais especialistas americanos em TI, está planejado realizar ataques cibernéticos ao sistema de votação eletrônica remota, o que tornará impossível a contagem dos votos de uma proporção significativa de eleitores russos”, afirmou.
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A negação ocorreu apesar das descobertas americanas de que a Rússia orquestrou campanhas para influenciar o resultado das eleições gerais de 2016 e 2020.
Qualquer cidadão russo com mais de 18 anos que não esteja preso por condenação criminal pode votar.
Existem 112,3 milhões de eleitores elegíveis na Rússia e nas partes da Ucrânia ocupadas pela Rússia, e outros 1,9 milhões de eleitores elegíveis vivem no estrangeiro, de acordo com a Comissão Eleitoral Central.
É também a primeira eleição presidencial a utilizar a votação online – a opção estará disponível em 27 regiões russas e na Crimeia, que foi ilegalmente confiscada por Moscovo à Ucrânia há 10 anos.
A votação também terá lugar em Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson – as quatro regiões anexadas após a invasão em grande escala em 2022, embora as forças russas não as controlem totalmente.
Kiev e o Ocidente denunciaram a realização da votação ali. A votação antecipada já começou em algumas regiões e será implementada gradualmente em outras.
A participação nas eleições presidenciais russas de 2018 foi de 67,5 por cento, embora observadores e eleitores individuais tenham relatado violações generalizadas, incluindo enchimento de urnas e votação forçada.
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