O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi, renunciará “em breve”, de acordo com o canal de televisão israelense Canal 12. A renúncia explosiva faz parte de um expurgo de todos os oficiais vistos como responsáveis por não terem conseguido evitar os ataques de 7 de outubro do ano passado.
No início desta semana, o chefe da inteligência militar do país, major-general Aharon Haliva, anunciou sua surpreendente demissão. Ele foi a primeira figura importante a renunciar após o ataque, que foi o mais mortal da história de Israel. As Forças de Defesa de Israel e as autoridades de inteligência ignoraram ou menosprezaram vários avisos antes que centenas de homens armados do Hamas violassem a cerca da fronteira de Gaza e atacassem comunidades israelenses próximas, bases militares e um Festival de Música.
O major-general Haliva é o primeiro de uma série de comandantes militares que “serão forçados a se aposentar em um futuro próximo”. Vários outros oficiais, incluindo o chefe da agência de segurança interna Shin Bet, Ronen Bar, também devem sair. Mesmo os potenciais sucessores do major-general Haliva – o major-general Yaron Finkelman e o major-general Eliezer Toledano – “agora são vistos como parte do fracasso”.
O momento das demissões esperadas é surpreendente, pois Israel parece estar avançando com planos para uma ofensiva em Rafah, no sul de Gaza. A invasão iria contra inúmeras advertências dos aliados sobre as consequências humanitárias catastróficas para os 1,5 milhões de palestinos deslocados que lá vivem.
A área é regularmente bombardeada. Os ataques em Rafah mataram mais de 12 pessoas durante a noite. O Canal 12 de Israel revelou que muitos oficiais que devem renunciar ou ser demitidos buscaram representação legal “em preparação para investigações de guerra”. A campanha de retaliação de Israel em Gaza matou mais de 34 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde.
Enquanto isso, o Hamas confirmou que está analisando a última proposta de Israel para um cessar-fogo em Gaza.
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