FOTO DO ARQUIVO: Ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, 29 de julho de 2021. REUTERS / Adriano Machado
16 de setembro de 2021
By Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) -O governo federal do Brasil quer suspender a vacinação COVID-19 para a maioria dos adolescentes, citando uma morte sob investigação e eventos adversos depois que cerca de 3,5 milhões de adolescentes já foram imunizados, mas vários governos estaduais prometeram continuar.
Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou estados e cidades por se precipitarem ao vacinar jovens de 12 a 17 anos sem problemas de saúde que os colocassem em risco de COVID-19 grave, que ele disse que só deveria começar em Quarta-feira.
Queiroga disse que adolescentes saudáveis que já aplicaram uma injeção não devem dar outra – efetivamente buscando interromper a imunização de adolescentes em todo o país.
Em nota, o órgão regulador federal de saúde Anvisa afirmou que “não há evidências que justifiquem ou exijam mudanças” em sua aprovação para que crianças de 12 a 17 anos sejam vacinadas com vacinas da Pfizer.
Queiroga não especificou o motivo do pedido de suspensão, mas disse que foram registrados 1.545 eventos adversos, sendo 93% deles em pessoas que receberam vacinas COVID-19 diferentes da vacina Pfizer / BioNTech – a única aprovada para menores no Brasil. Ele disse ainda que houve um óbito registrado, na cidade de São Bernardo do Campo, nos arredores da capital paulista.
Em nota, a Anvisa informou que está investigando a morte de um jovem de 16 anos que recebeu a primeira dose no início deste mês.
“No momento, não há uma relação causal definitiva entre este caso e a administração da vacina”, disse.
O estado de São Paulo, o mais populoso do país, disse que já vacinou cerca de 2,5 milhões de pessoas com menos de 18 anos. O governador João Doria disse nas redes sociais que São Paulo não para de vacinar adolescentes.
Queiroga disse que as evidências sobre a eficácia das vacinas para adolescentes saudáveis ainda não eram certas, embora dados de ensaios clínicos tenham mostrado que elas são eficazes na prevenção de doenças.
Os Estados Unidos, Israel e alguns países europeus implementaram vacinas para crianças. Na segunda-feira, a Inglaterra decidiu que todos os jovens de 12 a 15 anos receberiam uma injeção depois que consultores médicos seniores disseram que as crianças se beneficiariam https://www.reuters.com/world/uk/britains-top-medics-recommend- 12-15-year-olds-get-covid-vacina-2021-09-13 de redução de interrupção na educação.
Resta saber se os comentários de Queiroga terão muito peso. Segundo Carlos Lula, presidente da associação dos secretários estaduais de saúde, a maioria dos estados não planeja suspender a vacinação para essa faixa etária.
(Reportagem de Lisandra ParaguassuWriting de Gabriel StargardterEditing de Brad Haynes e Bill Berkrot)
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FOTO DO ARQUIVO: Ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, 29 de julho de 2021. REUTERS / Adriano Machado
16 de setembro de 2021
By Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) -O governo federal do Brasil quer suspender a vacinação COVID-19 para a maioria dos adolescentes, citando uma morte sob investigação e eventos adversos depois que cerca de 3,5 milhões de adolescentes já foram imunizados, mas vários governos estaduais prometeram continuar.
Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou estados e cidades por se precipitarem ao vacinar jovens de 12 a 17 anos sem problemas de saúde que os colocassem em risco de COVID-19 grave, que ele disse que só deveria começar em Quarta-feira.
Queiroga disse que adolescentes saudáveis que já aplicaram uma injeção não devem dar outra – efetivamente buscando interromper a imunização de adolescentes em todo o país.
Em nota, o órgão regulador federal de saúde Anvisa afirmou que “não há evidências que justifiquem ou exijam mudanças” em sua aprovação para que crianças de 12 a 17 anos sejam vacinadas com vacinas da Pfizer.
Queiroga não especificou o motivo do pedido de suspensão, mas disse que foram registrados 1.545 eventos adversos, sendo 93% deles em pessoas que receberam vacinas COVID-19 diferentes da vacina Pfizer / BioNTech – a única aprovada para menores no Brasil. Ele disse ainda que houve um óbito registrado, na cidade de São Bernardo do Campo, nos arredores da capital paulista.
Em nota, a Anvisa informou que está investigando a morte de um jovem de 16 anos que recebeu a primeira dose no início deste mês.
“No momento, não há uma relação causal definitiva entre este caso e a administração da vacina”, disse.
O estado de São Paulo, o mais populoso do país, disse que já vacinou cerca de 2,5 milhões de pessoas com menos de 18 anos. O governador João Doria disse nas redes sociais que São Paulo não para de vacinar adolescentes.
Queiroga disse que as evidências sobre a eficácia das vacinas para adolescentes saudáveis ainda não eram certas, embora dados de ensaios clínicos tenham mostrado que elas são eficazes na prevenção de doenças.
Os Estados Unidos, Israel e alguns países europeus implementaram vacinas para crianças. Na segunda-feira, a Inglaterra decidiu que todos os jovens de 12 a 15 anos receberiam uma injeção depois que consultores médicos seniores disseram que as crianças se beneficiariam https://www.reuters.com/world/uk/britains-top-medics-recommend- 12-15-year-olds-get-covid-vacina-2021-09-13 de redução de interrupção na educação.
Resta saber se os comentários de Queiroga terão muito peso. Segundo Carlos Lula, presidente da associação dos secretários estaduais de saúde, a maioria dos estados não planeja suspender a vacinação para essa faixa etária.
(Reportagem de Lisandra ParaguassuWriting de Gabriel StargardterEditing de Brad Haynes e Bill Berkrot)
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