O mês de setembro é conhecido mundialmente como mês de campanha pela prevenção ao suicídio e discussões relacionadas à saúde mental. O movimento chamado de “setembro amarelo” foi aderido por Colégio da cidade que trouxe aos alunos a possibilidade de debate e entendimento do tema. Em um dos momentos do projeto, o jovem aluno que cursa o 3º ano do ensino médio, contou aos participantes um pouco de sua inspiradora história de vida.
Caio Murad foi diagnosticado quando criança com Ictiose, uma grave e rara doença de pele que se caracteriza, além de outros sintomas, por deixar a pele escamosa e seca. “Algumas pessoas achavam que não teria qualidade de vida, mas meus pais sempre foram muito protetores e me incentivaram a viver normalmente” contou o jovem estudante.
Segundo o relato do jovem, a sua vida seguiu normal como um todo. Sempre esteve na escola, fez amigos e participava das atividades cotidianas. Foi na escola, entretanto, que ele passou a perceber os olhares que eram para ele direcionados. Algumas pessoas aparentavam estar com nojo, medo ou preocupação. Conforme se expressa, a principal dificuldade de seu problema é justamente conviver com esses olhares.
Caio se orgulha por ter a força e o apoio para afastar as dificuldades “minha principal força para lidar com isso, é Deus. Sou muito grato a minha família e meus amigos que sempre me defendem”. Na visão do estudante, os amigos são essenciais para conseguir conviver com a condição “eles sentem a minha dor, me defendem e me tratam como uma pessoa normal”.
O principal lema da campanha setembro amarelo é estimular que as pessoas que passem por dificuldades emocionais se expressem e procurem ajuda. Seguindo esse conceito, Caio reforça a importância de conversar sobre seus problemas e conta como isso o ajudou a se aceitar “sempre conversei sobre os meus problemas e isso tornou as coisas mais fáceis. Parece que tira um peso da gente. Sou muito feliz por ter a habilidade de conversar sobre esse meu problema e imagino que a pessoa que passa por essa situação e não consegue se expressar, deve sofrer muito”.
Nos momentos finais de sua fala aos colegas, o jovem, que se dispôs a falar no projeto, expressou emocionado o orgulho que tem por superar as dificuldades que já passou “o meu problema não tem cura, mas isso não vai me fazer desistir porque eu tenho um propósito. Eu vou construir a minha história. Eu me orgulho muito de tudo que já superei e sou muito grato por poder servir de inspiração para outras pessoas”.
O exemplo de Caio deve ser seguido. Não deixe de falar sobre os problemas emocionais que possa estar passando, procure ajuda profissional. Pelo número 188 você poderá conversar com um voluntário do Centro de Valorização da Vida, instituição que presta apoio emocional de forma gratuita em todo o território nacional, 24 horas por dia.
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