FOTO DO ARQUIVO: Ativistas do Levante Popular da Juventude protestam na entrada da sede da Prevenção Sênior após denúncias de manipulação de prontuários e atestados de óbito e para denunciar parceria entre empresa e governo de Bolsonaro durante a doença coronavírus (COVID-19) pandemia, em São Paulo, Brasil, 30 de setembro de 2021. REUTERS / Amanda Perobelli
6 de outubro de 2021
BRASILIA (Reuters) – A agência brasileira que regulamenta os planos de saúde abriu uma investigação sobre alegações de que uma rede de hospitais testou medicamentos não comprovados em pacientes idosos com COVID-19 sem seu conhecimento, disse o diretor do regulador em inquérito no Senado na quarta-feira.
Foi a primeira vez que uma agência reguladora se comprometeu a investigar os delitos na Prevent Senior, uma importante rede de saúde que atende dezenas de milhares de pacientes na área de São Paulo.
Paulo Rebello Filho, chefe da Agência Nacional de Regulamentação dos Planos Privados de Saúde (ANS), disse que sua equipe detectou “anomalias no atendimento” no Prevent Senior e que a rede de saúde ficará sob supervisão técnica especial.
Pelo menos nove pessoas morreram de COVID-19 durante os julgamentos em Prevent Senior de março a abril de 2020, mas seus prontuários foram alterados para ocultar a causa da morte, o inquérito foi informado na semana passada por um advogado de 10 médicos denunciantes.
Os senadores foram informados de que a rede de hospitais procurava validar a política de extrema-direita do presidente Jair Bolsonaro de defender o medicamento anti-malária hidroxicloroquina para tratar pacientes com COVID.
Prevent Senior disse que as acusações, incluindo a alteração dos prontuários dos pacientes e a demissão de médicos que se opunham à prática, são infundadas.
Rebello disse que a ANS abriu um processo administrativo para apurar irregularidades na Prevent Senior e enviou funcionários para verificar “indícios de falhas operacionais”.
O acompanhamento mais próximo não visa retirar a rede hospitalar do mercado, mas sim garantir a manutenção de um atendimento de qualidade, afirmou.
O chefe do regulador disse não ter conhecimento das denúncias feitas pelos médicos até que eles foram encaminhados ao inquérito do Senado.
Em nota, a Prevent Senior afirmou não ter sido oficialmente notificada da decisão da ANS. Afirmou ter fornecido ao regulador documentos que comprovam que agiu dentro das normas éticas e regulamentares.
(Reportagem de Ricardo Brito, escrita de Anthony Boadle; Edição de David Gregorio)
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FOTO DO ARQUIVO: Ativistas do Levante Popular da Juventude protestam na entrada da sede da Prevenção Sênior após denúncias de manipulação de prontuários e atestados de óbito e para denunciar parceria entre empresa e governo de Bolsonaro durante a doença coronavírus (COVID-19) pandemia, em São Paulo, Brasil, 30 de setembro de 2021. REUTERS / Amanda Perobelli
6 de outubro de 2021
BRASILIA (Reuters) – A agência brasileira que regulamenta os planos de saúde abriu uma investigação sobre alegações de que uma rede de hospitais testou medicamentos não comprovados em pacientes idosos com COVID-19 sem seu conhecimento, disse o diretor do regulador em inquérito no Senado na quarta-feira.
Foi a primeira vez que uma agência reguladora se comprometeu a investigar os delitos na Prevent Senior, uma importante rede de saúde que atende dezenas de milhares de pacientes na área de São Paulo.
Paulo Rebello Filho, chefe da Agência Nacional de Regulamentação dos Planos Privados de Saúde (ANS), disse que sua equipe detectou “anomalias no atendimento” no Prevent Senior e que a rede de saúde ficará sob supervisão técnica especial.
Pelo menos nove pessoas morreram de COVID-19 durante os julgamentos em Prevent Senior de março a abril de 2020, mas seus prontuários foram alterados para ocultar a causa da morte, o inquérito foi informado na semana passada por um advogado de 10 médicos denunciantes.
Os senadores foram informados de que a rede de hospitais procurava validar a política de extrema-direita do presidente Jair Bolsonaro de defender o medicamento anti-malária hidroxicloroquina para tratar pacientes com COVID.
Prevent Senior disse que as acusações, incluindo a alteração dos prontuários dos pacientes e a demissão de médicos que se opunham à prática, são infundadas.
Rebello disse que a ANS abriu um processo administrativo para apurar irregularidades na Prevent Senior e enviou funcionários para verificar “indícios de falhas operacionais”.
O acompanhamento mais próximo não visa retirar a rede hospitalar do mercado, mas sim garantir a manutenção de um atendimento de qualidade, afirmou.
O chefe do regulador disse não ter conhecimento das denúncias feitas pelos médicos até que eles foram encaminhados ao inquérito do Senado.
Em nota, a Prevent Senior afirmou não ter sido oficialmente notificada da decisão da ANS. Afirmou ter fornecido ao regulador documentos que comprovam que agiu dentro das normas éticas e regulamentares.
(Reportagem de Ricardo Brito, escrita de Anthony Boadle; Edição de David Gregorio)
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