Os cientistas ainda não estão certos sobre a eficácia das vacinas contra a nova variante sinalizada por uma equipe da África do Sul, que exibe mutações que podem resistir à neutralização. Apenas várias dezenas de casos foram totalmente identificados até agora na África do Sul, Botswana, Hong Kong e Israel.
A nova variante, B.1.1.529, tem uma “constelação muito incomum de mutações”, com mais de 30 na proteína spike sozinha, de acordo com Tulio de Oliveira, diretor da Plataforma de Sequenciamento de Pesquisa e Inovação KwaZulu-Natal.
No receptor ACE2 – a proteína que ajuda a criar um ponto de entrada para o coronavírus infectar células humanas – a nova variante tem 10 mutações. Em comparação, a variante Beta tem três e a variante Delta dois, disse Oliveira.
A variante compartilha semelhanças com as variantes Lambda e Beta, que estão associadas a uma evasão inata da imunidade, disse Richard Lessells, especialista em doenças infecciosas da Plataforma de Pesquisa e Inovação de Sequenciamento KwaZulu-Natal.
“Todas essas coisas são o que nos preocupa que esta variante possa não apenas ter melhorado a transmissibilidade, então se espalhado com mais eficiência, mas também pode ser capaz de contornar partes do sistema imunológico e a proteção que temos em nosso sistema imunológico”, Dr. Lessells disse.
A nova variante foi amplamente detectada entre os jovens, a coorte que também apresenta a menor taxa de vacinação da África do Sul. Pouco mais de um quarto das pessoas com idades entre 18 e 34 na África do Sul são vacinadas, disse o Dr. Joe Phaahla, ministro da saúde do país.
Embora os casos da variante se concentrem principalmente no centro econômico do país, especialmente na capital administrativa do país, Pretória, é “apenas uma questão de tempo” antes que o vírus se espalhe por todo o país, pois as escolas fecham e as famílias se preparam para viajar para o feriado temporada, Dr. Phaahla disse.
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