FOTO DE ARQUIVO: Um vendedor expõe frutas em uma feira livre no Rio de Janeiro, Brasil, 10 de maio de 2019. REUTERS / Pilar Olivares
8 de julho de 2021
Por Jamie McGeever
BRASÍLIA (Reuters) – A inflação brasileira em junho atingiu o maior em quase cinco anos, dados mostraram nesta quinta-feira, com taxa anual de 8,4% a mais que o dobro da meta de fim de ano do banco central e deve reforçar a situação para outra alta agressiva em custos de empréstimos no próximo mês.
Com os legisladores perfeitamente cientes de que a inflação está no caminho certo para ultrapassar a meta deste ano, o mais recente aumento sólido nos preços ao consumidor pode aprofundar sua inquietação ao ameaçar ainda mais as expectativas de inflação mais desfavoráveis para o próximo ano.
A taxa mensal de inflação desacelerou de 0,83% para 0,53% em maio, informou o IBGE, conforme esperado. A mediana das previsões em uma pesquisa da Reuters com economistas era de um aumento de 0,59%.
O aumento foi impulsionado por um aumento de 1,10% nos custos de habitação, que incluem eletricidade. Isso foi responsável por cerca de um quarto do aumento mensal geral dos preços.
A taxa de inflação anual de 8,4% em junho subiu de 8,1% no mês anterior e a maior desde setembro de 2016, informou o IBGE. Estava exatamente de acordo com a previsão da pesquisa Reuters.
Oito das nove categorias pesquisadas pelo IBGE apresentaram alta de preços em junho. Os maiores impulsionadores depois dos custos de moradia foram um aumento de 0,43% nos preços de alimentos e bebidas e um aumento de 0,41% nos custos de transporte, que incluem combustível. Ambos foram responsáveis por cerca de um quinto do aumento geral, disse o IBGE.
A meta de inflação do banco central para o final do ano é de 3,75%, com margem de erro de 1,5 ponto percentual em ambos os lados. Esses números mais recentes mostram uma inflação significativamente mais alta do que até mesmo o limite superior de 5,25% dessa faixa.
A preocupação do presidente do banco central, Roberto Campos Neto, e seus colegas é que isso se infiltre nas perspectivas do próximo ano, forçando o banco a apertar a política de maneira ainda mais rápida e agressiva do que já está fazendo.
A meta de inflação do banco central para 2022 é de 3,50%.
(Reportagem de Jamie McGeever; Edição de Angus MacSwan)
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FOTO DE ARQUIVO: Um vendedor expõe frutas em uma feira livre no Rio de Janeiro, Brasil, 10 de maio de 2019. REUTERS / Pilar Olivares
8 de julho de 2021
Por Jamie McGeever
BRASÍLIA (Reuters) – A inflação brasileira em junho atingiu o maior em quase cinco anos, dados mostraram nesta quinta-feira, com taxa anual de 8,4% a mais que o dobro da meta de fim de ano do banco central e deve reforçar a situação para outra alta agressiva em custos de empréstimos no próximo mês.
Com os legisladores perfeitamente cientes de que a inflação está no caminho certo para ultrapassar a meta deste ano, o mais recente aumento sólido nos preços ao consumidor pode aprofundar sua inquietação ao ameaçar ainda mais as expectativas de inflação mais desfavoráveis para o próximo ano.
A taxa mensal de inflação desacelerou de 0,83% para 0,53% em maio, informou o IBGE, conforme esperado. A mediana das previsões em uma pesquisa da Reuters com economistas era de um aumento de 0,59%.
O aumento foi impulsionado por um aumento de 1,10% nos custos de habitação, que incluem eletricidade. Isso foi responsável por cerca de um quarto do aumento mensal geral dos preços.
A taxa de inflação anual de 8,4% em junho subiu de 8,1% no mês anterior e a maior desde setembro de 2016, informou o IBGE. Estava exatamente de acordo com a previsão da pesquisa Reuters.
Oito das nove categorias pesquisadas pelo IBGE apresentaram alta de preços em junho. Os maiores impulsionadores depois dos custos de moradia foram um aumento de 0,43% nos preços de alimentos e bebidas e um aumento de 0,41% nos custos de transporte, que incluem combustível. Ambos foram responsáveis por cerca de um quinto do aumento geral, disse o IBGE.
A meta de inflação do banco central para o final do ano é de 3,75%, com margem de erro de 1,5 ponto percentual em ambos os lados. Esses números mais recentes mostram uma inflação significativamente mais alta do que até mesmo o limite superior de 5,25% dessa faixa.
A preocupação do presidente do banco central, Roberto Campos Neto, e seus colegas é que isso se infiltre nas perspectivas do próximo ano, forçando o banco a apertar a política de maneira ainda mais rápida e agressiva do que já está fazendo.
A meta de inflação do banco central para 2022 é de 3,50%.
(Reportagem de Jamie McGeever; Edição de Angus MacSwan)
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