Uma nova pesquisa de um grupo internacional de cientistas climáticos mostra que os chamados “vírus zumbis”, uma vez revividos, podem infectar células de amebas.
O estudo, publicado na o diário aberto Vírusanalisou mais de uma dúzia de novos vírus isolados de sete amostras de permafrost da antiga Sibéria.
A pesquisa se baseou em estudos anteriores da década passada que mostraram que um vírus – em alguns casos com dezenas de milhares de anos – pode ser infeccioso uma vez revivido.
Pesquisadores da França, Rússia e Alemanha descobriram, por meio de datação por radiocarbono do permafrost, que os vírus estiveram em estado inativo entre 27.000 e 48.500 anos.
Permafrost é uma camada congelada de solo amplamente encontrada em terra e abaixo do fundo do oceano, particularmente em áreas onde as temperaturas raramente sobem acima de zero. Estima-se que cerca de um quarto do Hemisfério Norte seja coberto por permafrost.
A pesquisa mostrou que o permafrost é um excelente conservante. Mas os cientistas temem que, à medida que o planeta esquenta gradualmente e o permafrost derrete, surjam vírus capazes de infectar humanos.
“Esse rápido degelo do permafrost causa a mobilização de matéria orgânica antiga previamente preservada por milênios nas camadas profundas do permafrost, um fenômeno mais visível na Sibéria, onde o permafrost profundo e contínuo cobre a maior parte dos territórios do Nordeste”, observaram os pesquisadores.
Outra consequência do derretimento do permafrost, acrescentam os pesquisadores, liberará matéria orgânica congelada por até um milhão de anos, a maior parte da qual se decompõe em dióxido de carbono e metano, aumentando ainda mais o efeito estufa.
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