O líder religioso sikh baseado em Auckland, Gurinderpal Brar, foi considerado culpado no ano passado por orquestrar o ataque com faca ao apresentador de rádio Harnek Singh.
Um carismático líder religioso com dois templos sikh populares e milhares de devotos em Auckland foi identificado como o mentor de uma conspiração fracassada para assassinar um renomado apresentador de rádio internacional. Estamos falando de Gurinderpal Brar, conhecido por seus seguidores como “Baba Ji”, que atualmente cumpre uma sentença de 13 anos e meio de prisão após ter sido condenado por tentativa de homicídio no Supremo Tribunal de Auckland em outubro.
Seu co-réu, Jobanpreet Singh, que também era apaixonado pela filha de Brar, será sentenciado em breve. Os promotores afirmam que ele estava seguindo as ordens do líder do templo durante o ataque ocorrido em dezembro de 2020, quando Singh e outros atacaram Harnek Singh na entrada de sua casa em Wattle Downs, após uma longa transmissão no templo Sikh de Papatoetoe.
Durante o julgamento, os jurados foram lembrados do alto status de Brar entre os cerca de 45 mil adeptos do Sikhismo na Nova Zelândia, especialmente entre os mais conservadores. Brar, um imigrante da Índia, começou humildemente como motorista de caminhão antes de se tornar líder espiritual e construir seus próprios templos. Ele desfrutava de grande influência não apenas na Nova Zelândia, mas em outras partes do mundo.
Segundo o promotor Luke Radich, Brar era visto como um ser superior por seus seguidores e atraía uma devoção fervorosa. Ele envolvia pessoas em suas atividades religiosas e pregava em vários países, angariando seguidores ao redor do mundo. No entanto, suas ações recentes revelaram um lado sombrio, mostrando que ele estava disposto a recorrer à violência para atingir seus objetivos.
Harnek Singh, o apresentador de rádio, foi atacado brutalmente na porta de sua casa e precisou passar por várias cirurgias para se recuperar dos mais de 40 golpes de faca que recebeu. Brar, apesar de não estar presente durante o ataque, foi descrito como o cérebro por trás da conspiração, usando sua influência para recrutar outros para cometerem o crime em seu nome.
Brar foi condenado por tentativa de homicídio e por três acusações menores de agressão. Ele alegou ter salvado milhares de pessoas do alcoolismo e da violência doméstica, o que levou o promotor a questionar seu comportamento egocêntrico e perigoso. Durante a sentença, o juiz destacou a necessidade de proteger a comunidade do fanatismo religioso, impondo a Brar uma pena de 13 anos e meio de prisão, com um período mínimo de nove anos atrás das grades antes de ser elegível para condicional.
A reputação de Brar como líder religioso foi manchada por suas ações criminosas, demonstrando como o poder e a influência podem ser corrompidos quando nas mãos erradas. Sua sentença serve como um lembrete dos perigos do extremismo religioso e da manipulação de fiéis para fins violentos.
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