A Universidade de Princeton está enfrentando pressões para demitir um professor titular acusado de fazer parte de um esquema iraniano para assassinar inimigos do país. A escola também está sob investigação do Congresso dos Estados Unidos sobre a contratação do professor Seyed Hossein Mousavian, que ministra palestras sobre segurança e política nuclear no Oriente Médio, apesar de seu passado como diplomata iraniano. Mousavian foi contratado pela universidade em 2009 e anteriormente ocupou cargos proeminentes no governo do Irã, atuando como diplomata e editor do Tehran Times, o jornal oficial do regime.
O professor foi embaixador do Irã na Alemanha em 1992, quando quatro dissidentes foram assassinados em Berlim, o que levou a exigências para sua demissão de Princeton. O Comitê de Educação e Força de Trabalho da Câmara dos EUA está questionando as verificações feitas pela universidade antes da contratação de Mousavian e se houve pressão da administração Obama nesse processo. Lawdan Bazargan, ativista dos direitos humanos e membro da Aliança Contra o Regime Islâmico do Irã, afirmou que a associação de Mousavian com terrorismo e abusos dos direitos humanos exige ação da administração da universidade.
Quando contatado para comentar, Mousavian se recusou a dar entrevistas, mas sugeriu que estava sendo alvo de “sionistas”. O grupo que pede sua demissão alega que, durante seu período como embaixador na Alemanha, 23 iranianos foram mortos na Europa por serem considerados inimigos do regime. Um tribunal alemão concluiu que a liderança iraniana planejou esses assassinatos, e há relatos de que Mousavian esteve envolvido. O Irã utilizou esquadrões da morte do Hezbollah para cometer esses assassinatos, incluindo o ocorrido em Berlim em 1992.
Algumas fontes defendem Mousavian, alegando que seu nome não foi mencionado no veredicto do tribunal alemão e que suas ações não são totalmente claras. O comitê republicano está exigindo respostas da universidade sobre as comunicações de Mousavian com o Irã e se seu salário é financiado por um governo estrangeiro. O professor foi preso no Irã em 2007 por espionagem, mas foi permitido sair do país para assumir o cargo em Princeton.
Princeton ainda não se pronunciou sobre o assunto. A polêmica em torno de Mousavian e suas possíveis relações com o regime iraniano levantam preocupações sobre a influência de regimes estrangeiros hostis em instituições americanas. A deputada Virginia Foxx, que preside o Comitê de Educação e Força de Trabalho da Câmara, está atuando ativamente na investigação do caso.
O comitê também está investigando questões de anti-semitismo em universidades de prestígio, incluindo a Ivy League. A investigação já resultou na demissão de presidentes de outras instituições, e novas questões estão sendo levantadas sobre o tema em outras universidades, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts. O caso de Mousavian continua gerando debate e levanta questões importantes sobre a relação entre instituições acadêmicas e governos estrangeiros controversos.
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