O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, fez um discurso inflamado na sexta-feira, reunindo apoio para o seu tipo de populismo de direita e emitindo um alerta severo à União Europeia.
Falando em um feriado nacional que celebra a luta histórica da Hungria pela independência, Orbán pediu aos seus apoiadores que o ajudassem a “ocupar Bruxelas” nas próximas eleições da União Europeia neste verão.
O discurso de Orbán, proferido nas escadas do Museu Nacional em Budapeste, denunciou a UE como uma força imperial semelhante aos ocupantes históricos da Hungria.
Ele acusou a UE de invadir a soberania da nação e minar a sua liberdade.
“Eles iniciam guerras, destroem mundos, redesenham as fronteiras dos países e pastam tudo como gafanhotos”, disse Orbán à multidão, destacando o desejo da Hungria por uma identidade e um modo de vida distintos.
O discurso do primeiro-ministro ocorre em meio à crescente tensão política na Hungria, após a renúncia de Katalin Novák, aliada de Orbán, em fevereiro, devido a um controverso perdão.
A medida gerou indignação e levantou questões sobre a forma como o governo lida com a justiça.
A relação da Hungria com seus aliados, especialmente os Estados Unidos, tem enfrentado tensões.
O embaixador dos EUA, David Pressman, criticou o recente obstrucionismo da Hungria no âmbito da NATO e acusou o governo de Orbán de buscar alianças problemáticas com a Rússia e a China.
As manobras políticas de Orbán se estendem além da Europa, com o líder húngaro estabelecendo laços estreitos com partes da direita americana, incluindo o ex-presidente Donald Trump.
Durante uma recente visita aos Estados Unidos, Orbán apoiou abertamente a candidatura de Trump para as eleições de 2024, prevendo um ressurgimento conservador em ambos os lados do Atlântico.
Discussão sobre isso post