Palestinos feridos recebem tratamento em um hospital em Rafah, uma cidade onde muitos deles estão amontoados após ordens de evacuação israelenses que cobrem dois terços de Gaza. Foto/AP
As ordens de evacuação de Israel na Faixa de Gaza cobrem agora dois terços do território, ou 246 quilômetros quadrados, disseram hoje monitores humanitários das Nações Unidas.
A área afetada era o lar de 1,78 milhões de palestinos, ou 77 por cento da população de Gaza, antes do início da guerra Israel-Hamas, em 7 de Outubro, desencadeada por um ataque mortal do Hamas ao sul de Israel.
No início da guerra, os militares de Israel começaram a ordenar aos palestinos na metade norte do território que abandonassem as suas casas, aparentemente para se afastarem do caminho de um eventual combate terrestre. Ao mesmo tempo, aviões israelitas continuaram a atacar na metade sul, onde os residentes foram instruídos a refugiar-se.
Israel diz que só persegue os alvos do Hamas e argumenta que o Hamas é responsável pelos danos causados aos civis porque opera a partir de locais civis.
As autoridades de saúde de Gaza estimaram o número de mortos palestinos no território em mais de 27.000. Não fazem distinção entre combatentes e civis na contagem, mas afirmam que dois terços são mulheres e crianças.
Ao longo da guerra, as ordens de evacuação acabaram por se expandir para partes do sul, incluindo a cidade de Khan Younis e áreas circundantes, o atual foco da ofensiva terrestre de Israel. Dezenas de milhares de pessoas fugiram e continuam a fugir de lá, afirmou terça-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) no seu último relatório diário sobre a situação humanitária em Gaza.
Mais da metade da população de Gaza, de 2,3 milhões de pessoas, está agora amontoada na cidade de Rafah, na fronteira com o Egito e áreas vizinhas, disse o OCHA.
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